segunda-feira, 31 de maio de 2021

COMPETÊNCIA FAZ DE MARCELO MESQUITA UM PROFISSIONAL DIFERENCIADO E ASSEDIADO POR POLITICOS NACIONAIS

 


A competência indica aptidão, conhecimento ou capacidade em alguma área específica

A palavra “competência” está associada à qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver determinado assunto ou realizar determinada tarefa. Na prática, a competência diz respeito à aptidão, habilidade e capacidade de resolver problemas e pressupõe uma ação que agrega valor diante de novas situações.

A competência profissional remete à ideia de capacidade, soma de conhecimentos ou habilidades. 

Dessa forma, espera-se que o profissional dotado de competências encontre mais facilidade para se colocar no mercado de trabalho.

Um dos significados atribuídos à competência diz respeito à aptidão profissional que os executivos, caciques e as empresas desejam em seus contratados. Esse tipo de competência é voltado para o atendimento das necessidades, especialmente as de caráter urgente e imediato. 

Em geral, quem apresenta essas competências consegue emprego com mais rapidez e facilidade, além de ter mais chances de progredir e ser bem-sucedido.

Quando à competência, se une o conhecimento do segmento a que o indivíduo se dedica, isso o transforma num profissional diferenciado.

Estamos nos referindo a esses atributos para nos referir a um profissional que vem, nas duas últimas décadas, sobressaindo-se num dos itens mais importantes da Ciência da Política: o Marketing Político. 

Este profissional tem nome e é pernambucano: Marcelo Mesquita, diretor-presidente do Grupo Total.

Foi Marcelo que, há cerca de 16 anos, tão logo lançou a Revista Total, buscou introduzir no veículo de comunicação um diferencial que a distinguisse das demais, com o intuito de obter o sucesso do seu investimento, que era um anseio alimentado desde a adolescência, pensando em lançar uma revista sobre temais gerais, porém com foto na política.

Foi assim que ele conheceu, interessou-se pelo assunto, pesquisou e trouxe para Pernambuco uma modalidade diferente de estudos analíticos das aspirações da população em relação aos candidatos pretendidos para ocupar os cargos eletivos, sobretudo os de gestores (prefeitos e governadores). 

Esta modalidade de pesquisa, diferentemente do que os institutos fazem usualmente, é conhecida como Futurismo, já sendo muito utilizada em vários países da Europa e da América do Norte.

Marcelo Mesquita, então, passou a utilizar o uso deste sistema em 2006, durante a campanha de Eduardo Campos e, desde então, este tem sido o método inovador e confiável, utilizado em suas previsões.

Aliado a esta novidade, Mesquita também buscou especialização no Marketing Político e, a partir de então, passou a ser requisitado por vários candidatos, nos períodos que antecedem as campanhas políticas, contando hoje entre seus clientes com diversos desses.

E, a cada eleição, mais Marcelo Mesquita se qualifica e se robustece como um dos grandes marqueteiros políticos do país.


Pernambuco autoriza vacinação de pessoas a partir dos 50 anos

 


Pactuação com os municípios, que definirão suas estratégias de operacionalização, levou em conta análises epidemiológicas

O Governo de Pernambuco autorizou a ampliação da vacinação contra a Covid-19 de todas as pessoas com 50 anos ou mais no Estado, independente de comorbidade ou categoria profissional. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (31.05), em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e pactuada com os secretários municipais de Saúde. Com a nova deliberação, as cidades estão autorizadas a avançar de forma progressiva, de acordo com a realidade de cada município, a imunização do público de 50 a 59 anos. 

“Precisamos dar velocidade ao processo vacinal no Estado por meio do critério de faixa etária. Por isso, decidimos ampliar a imunização das pessoas a partir dos 50 anos. Cada município deve definir a estratégia de operacionalização de acordo com disponibilidade de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde. Ao balizar essa faixa de idade, estaremos contemplando também grande parte das pessoas com comorbidades, sem a necessidade de atestado, dando celeridade ao processo de imunização”, explicou o governador Paulo Câmara.

A decisão também levou em conta as análises epidemiológicas, que apontam que a faixa etária entre 50 e 59 anos registra, atualmente, o maior número de pessoas internadas em leitos de UTI. O quantitativo representa 25% do total de internados em leitos de terapia intensiva na rede pública, além de responderem por 20% do total de óbitos.

Os gestores municipais também foram orientados sobre a importância de organizar a logística para avanço da imunização em seus territórios. Para a nova faixa etária, a recomendação da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) é que sejam utilizadas apenas as vacinas recebidas para a 1ª dose. As segundas doses devem continuar sendo administrados para o término do esquema vacinal.

“Estamos deflagrando uma série de medidas para conter o avanço da pandemia em Pernambuco, como a ampliação do número de leitos, a distribuição de concentradores de oxigênio, a montagem da Central Emergencial de Oxigênio e as inúmeras restrições no Plano de Convivência, e as estratégias de vacinação também são essenciais. Continuaremos monitorando os indicadores e certamente faremos uma nova avaliação nos próximos dias para analisar o resultado da ampliação da vacina por faixa etária”, reforçou o secretário de Saúde, André Longo.



domingo, 30 de maio de 2021

Automação pode suprir aposentadoria de 53,6 mil servidores em 2030

 



A tecnologia pode suprir a aposentadoria de 53,6 mil servidores públicos federais que deverão se aposentar em 2030. A estimativa é de  uma pesquisa da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), que analisou as atividades mais propensas a serem substituídas por máquinas.

Realizado por Leonardo Monasterio, coordenador-geral de Ciências de Dados da Enap, e por Willian Adamczyk e Adelar Fochezatto, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o estudo comparou a probabilidade de automação dos cerca de 520 mil servidores federais e cruzou os dados com a expectativa de aposentadorias até a década de 2050.

Segundo a Enap, a tendência de automação aumenta com o tempo. Em 2040, 68,2 mil servidores que se aposentarão poderão ter as atividades substituídas por máquinas. Em 2050, o total chegará a 92,3 mil.

Em 2020, a proporção de cargos vagos por aposentadoria que poderiam ser extintos ou substituídos por serviços digitais alcançou 27%. No ano passado, 13.916 servidores se aposentaram, dos quais 3.774 ocupavam cargos com grande potencial de serem automatizados ou terceirizados, conforme o Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da Economia.

Ocupações em risco
Das 389 ocupações públicas distintas, o estudo identificou 96 mais suscetíveis à automação, que englobam 104.670 servidores federais. Os maiores contingentes são assistente administrativo (73.208 servidores), auxiliar de escritório (8.022) e datilógrafo (4.559).

Outras ocupações com maiores chances de automação são técnico de sistemas audiovisuais, assistente e operador de mídias, cenotécnico, técnico em programação visual e gráfica, armador de estrutura de concreto armado, pedreiro, pintor de obras e carpinteiro.

Com 13,42 anos de tempo de estudo e remuneração média de R$ 5.683, essas funções têm menor média salarial e escolaridade abaixo da média do serviço público federal. O estudo também analisou ocupações extintas ou terceirizadas em reformas de 2018 e 2019, como motorista, trabalhador agropecuário em geral e auxiliar de biblioteca.

Atividades preservadas
As funções com menor risco de automação exigem escolaridade mais alta e especialização. Atividades relacionadas ao cuidado com o ser humano também têm mais chances de continuarem a ser executadas por humanos. O estudo recomenda o desenvolvimento de competências digitais e habilidade de gerenciamento, artísticas e de relacionamento pessoal para diminuir o ritmo de automação.

As principais ocupações nessa categoria são pesquisador (em qualquer área da ciência), perito criminal, biólogo, gerente de serviços de saúde e psicólogo clínico. As funções mais complexas e com menor chance de serem substituídas têm remuneração média de R$ 15.182 e escolaridade média de 15,9 anos.
A lista também engloba engenheiros, economistas, sociólogos, geógrafos e antropólogos. Ainda, há profissionais de gestão e comunicação como gerentes de produção, relações públicas, publicitários e redatores.

Gênero
A pesquisa advertiu para o risco de o processo de automação aumentar a desigualdade de gênero no serviço público. Das 232 mil mulheres, 48,1 mil estão em ocupações de alta propensão à automação (20,7%). Para os homens, esse número corresponde de 56,6 mil de um total de 290 mil (19,5%).

Dessa forma, a automação tem mais impacto sobre ocupações com maior presença feminina. Costureiras, auxiliares de escritório e de biblioteca são exemplos de ocupações com alta propensão à automação compostas por maioria de mulheres.

Metodologia
O estudo analisou os servidores civis ativos, de acordo com seu vínculo principal, que trabalhavam 40 horas semanais ou mais em dezembro de 2017. Com esse filtro, foram analisadas as informações de 521.701 servidores de um total de 627.284 pessoas que compõem o serviço público federal.

Além dos dados do Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siape) de 2017, a pesquisa baseou-se na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO-2002) e na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), de responsabilidade do Ministério da Economia.

Fonte: Agência Brasil


Ministério da Saúde enviará aparelhos de oxigênio para Norte-Nordeste

 



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que enviará 5,1 mil concentradores de oxigênio para auxiliar as unidades de saúde com pacientes internados com covid-19 no Norte e Nordeste do país. Queiroga encontra-se em Pernambuco, estado que, segundo ele, receberá 148 aparelhos até o dia 10 de junho.

“Estamos visitando a região, pois sabemos que há ameaça de colapso no sistema de saúde, sobretudo em função do insumo oxigênio. O ministério já providenciou para essas regiões 5.100 concentradores de oxigênio. Para Pernambuco, serão 148 concentradores”, disse o ministro.

Falta de oxigênio
Perguntado sobre se há risco de colapso por falta de oxigênio, mesmo após o envio desses concentradores, Queiroga disse que o governo trabalha para que isso não aconteça. “Só que lidamos com a imprevisibilidade biológica porque esse vírus sofre mutação e pode ter variantes que podem ter comportamento biológico diferente, o que leva pressão maior para o sistema de saúde. Mas as autoridades sanitárias estão empenhadas para que não haja falta de oxigênio”, acrescentou.

Queiroga, no entanto, ressaltou que distribuição e logística de oxigênio “é questão complexa”, uma vez que o gás é distribuído não apenas na forma líquida, mas também em cilindros, forma mais comumente adotada nos municípios de menor porte. “Há carência de cilindros [em municípios], mas estamos apoiando as secretarias municipais de saúde para que não haja falta de cilindros”, disse Queiroga ao destacar ser preciso aprimorar a logística, para esse tipo de transporte. .

Compra de vacinas
Sobre as ações do governo visando à compra de vacinas, Queiroga disse que a carência de vacina é mundial. “Mas no mês de junho teremos garantidos mais de 40 milhões [de doses de vacinas] a serem distribuídas. Em junho teremos uma marca importante, que é de [atingir um total de] 100 milhões [de doses] distribuídas para o país inteiro”, acrescentou.

“Só com a Pfizer, temos um contrato de 200 milhões de doses de vacinas. Agora, em 1º junho, assinaremos acordo de transferência de tecnologia entre a indústria Astrazênica e a Fiocruz, colocando o Brasil na vanguarda de países que tem capacidade com autonomia de produzir vacinas. Há também negociações com outras farmacêuticas para buscarmos antecipar doses. Agora, é um contexto que não é simples porque é uma emergência em saúde pública internacional”, completou.

Fonte: Agência Brasil

Central emergencial de oxigênio já atendeu 30 cidades pernambucanas

 



Heudes Regis/SEI

Montada nesse sábado (29) pelo Governo de Pernambuco, a Central Emergencial de Fornecimento de Gases Medicinais já forneceu - até as 16h deste domingo - 3.017 m³ (trêm mil e dezessete metros cúbicos) de oxigênio para atender a 30 municípios pernambucanos. A unidade emergencial, que está trabalhando no regime 24h por dia, já abasteceu 398 cilindros de oxigênio para garantir o atendimento aos pacientes com a Covid-19 em unidades municipais de saúde.

Ao todo, a central emergencial está disponibilizando, nestes primeiros dias, 30 mil metros cúbicos de oxigênio, quantitativo suficiente para abastecer até três mil cilindros de 10 metros cúbicos – com uma capacidade de abastecimento de 80 cilindros por hora. “Estamos empenhados e atuando 24h por dia para atender às cidades pernambucanas. Vamos continuar monitorando e acompanhando de perto a situação do abastecimento para garantir a obtenção do oxigênio de forma emergencial e manter o fornecimento do insumo a todos em nosso Estado", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Até agora, a maior parte das cidades beneficiadas são do Agreste pernambucano. Foram atendidos municípios da II Região de Saúde (sede Limoeiro): Casinhas, Feira Nova, João Alfredo, Orobó, Surubim; da III Região de Saúde (sede Palmares): Primavera, Jaqueira, Quipapá; da IV Região (sede Caruaru): Agrestina, Altinho, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Frei Miguelinho, Jurema, Panelas, Riacho das Almas, São Caetano; da V Região de Saúde (sede Garanhuns): Canhotinho, Capoeiras, Paranatama, São João, Saloá, Caetés, Jupi, Lajedo, Palmeirina; da VI Região de Saúde (sede Arcoverde): Venturosa; e da X Região de Saúde (sede Afogados da Ingazeira): São José do Egito.

Para acessar a central, os municípios enviam ofício para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) com a solicitação e informando números de leitos do serviço de saúde, consumo médio de oxigênio, tempo estimado para esgotamento da capacidade e do próximo fornecimento regular e a necessidade de cilindros.

Fonte Diario de Pernambuco

Ministro da Saúde visita hospitais em cidades do Agreste de Pernambuco



Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga em visita a Pernambuco 
- Foto: Reprodução/Twitter Marcelo Queiroga



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cumpre agenda em Pernambuco entre esse sábado (29) e este domingo (30). O ministro do Turismo, Gilson Machado, acompanha os compromissos.

"Vamos atender aos pernambucanos neste momento difícil. Há um problema com oxigênio. O Ministério da Saúde vai entregar 148 concentradores de oxigênio e estamos trabalhando na logística de cilindros", disse Queiroga em vídeo publicado antes do seu embarque a Pernambuco.

Queiroga e Gilson visitaram, ainda no sábado, a fábrica de oxigênio da White Martins em Pernambuco, no Cabo de Santo Agostinho, e alguns hospitais no Agreste de Pernambuco, que passa por um momento crítico da pandemia de Covid-19.

Em Gravatá, Queiroga e Gilson visitaram o Hospital Dr. Paulo da Veiga Pessoa. 

Já em Bezerros, a agenda foi no Hospital de Campanha da cidade. Os ministros conheceram as instalações da unidade de saúde e verificaram a capacidade de oxigênio. 

Segundo a prefeitura, na visita, foi debatida a realidade vivenciada atualmente pela cidade no enfrentamento à Covid-19 diante do atual cenário epidemiológico. 

A sequência da agenda neste domingo prevê visitas a hospitais de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Garanhuns.

Fonte Folha de Pernambuco



sábado, 29 de maio de 2021

Morre Milton Coelho da Graça


O velório do jornalista Milton Coelho da Graça será neste domingo, 30, com uma homenagem ao ar livre a ser realizada ao lado da Capela Ecumênica, no Complexo do Caju, das 14h às 14h30. Em seguida, o corpo será cremado.


Leia aqui, depoimentos de jornalistas que conviveram com Milton Coelho da Graça


Paulo Jeronimo, Pagê, presidente da ABI

Conheci o Milton há muitos anos, através de um amigo comum, Paulo Roberto dos Santos, que já se foi há muito tempo. Tomamos muito chope no Lamas, jogávamos muita conversa fora enquanto planejávamos o que fazer para enfrentar a ditadura. Anos depois voltamos a nos encontrar na ABI e formamos uma frente de oposição para combater as mazelas das últimas administrações.

Certa vez, ele foi convidado para dirigir o Conselho Deliberativo durante a campanha e, depois, foi vergonhosamente traído pelo presidente que apoiamos.

Ficamos juntos na oposição e ele sempre me incentivava a lançar minha candidatura a presidente. Eu sempre recusei e, quando finalmente me candidatei, ele já estava doente. Mesmo assim, me enviou um recado de apoio. Lembro de um acidente sério que ele sofreu há alguns anos, quando caiu na saída do metrô. Socorrido pelos seguranças, foi levado para o Souza Aguiar, onde ficou internado numa enfermaria comum, completamente abandonado, praticamente sem assistência. Leda, sua fiel companheira, me fez chegar essa situação. Imediatamente, liguei para um assessor do Prefeito, que conseguiu para ele um tratamento adequado. Ele me confessou que se sentiu quase no inferno, mas garantiu que, depois, o tratamento melhorou. Assim que se recuperou, fomos comemorar no Da Silva, onde almoçávamos quinzenalmente.

Grande Milton, deixa um legado de um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros nos vários veículos em que militou, com uma trajetória invejável.

E eu perco um amigo, um parceiro e um incentivador para realizar um trabalho que tem o objetivo de resgatar o protagonismo da ABI, o seu sonho sagrado.

Minha derradeira homenagem ao velho companheiro é apresentar, hoje, a imagem da nossa querida ABI totalmente recuperada.

Descanse em paz, querido Milton. Você deixa muita saudade.


Juca Kfouri, conselheiro da ABI

Morreu Milton Coelho da Graça, aos 91 anos, vitima da Covid. Carioca, foi editor-chefe de O Globo, diretor de redação das revistas Realidade, Placar, Istoé e Intervalo, do jornal Última Hora, no Recife, criador das revistas Arte Hoje, Vela e Motor e Tênis Esporte, além de correspondente em Nova York da Gazeta Mercantil, entre outros.
Editor do jornal clandestino Notícias Censuradas, foi preso em São Paulo, em 1975, e cumpriu seis meses de cadeia, como havia sido detido em Pernambuco, por nove meses, quando houve o golpe de 1964, ocasião em que foi torturado e perdeu todos os dentes.

Jamais tocava no assunto e nunca perdeu o gosto pela vida, verdadeiro animador de redações, além de ter um extraordinário faro para a notícia.

Ao ser libertado em Pernambuco e voltar para Rio, ao entrar na redação do Diário Carioca, num terno em que cabiam dois Miltons, viu o pessoal entre o assustado e triste e não teve dúvida: bateu palmas e gritou “Vamos começar tudo de novo!”. Ferino, destemido, brincalhão, era jogador inveterado de tudo que lhe apresentassem, da sinuca ao carteado, passando pelo loteria esportiva.

Formou-se em Direito e em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o que o ajudou a escrever sobre tudo que fosse preciso, Fórmula-1, inclusive, de que cobriu para o Globo.

Vascaíno, solidário até a medula, curioso como poucos, militante comunista e pragmático gostava de repetir que existem três tipos de pessoas: as interessantes, as interessadas e as interesseiras. E dizia que devemos sempre procurar viver perto das interessantes, atrair as interessadas e saber que quando as interesseiras se aproximam é porque estamos perto da vitória. “Bem-vindos os oportunistas”, pontificava.

Eu o chamava de Miltinho das Candongas e aprendi demais com ele no início de minha vida profissional.
Sua morte faz com que eu reviva o sentimento da orfandade, embora saiba que vá lembrá-lo sempre sorridente.
Orfãos ficam também a filha Djamila e os filhos Flávio e Guilherme.

Viúva fica sua querida Ledinha, companheira de uma vida quase inteira.


Fichel David, conselheiro da ABI

Conheci o Milton quando começou a trabalhar no Diário Carioca, trabalhamos na Revista da sociedade, suplemento do jornal e na mesma redação trabalhavam os copys Décio Vieira Ottoni, José Ramos Tinhorão, Maurício Azedo, Berilo Dantas entre outros. Milton foi um dos grandes redatores que conheci.


Paulo César Martins, jornalista

Foi a Maria Célia Fraga quem nos uniu. Ela sentava na minha frente na Gama Filho e ouviu que eu queria sair da Light e exercer a profissão para qual estávamos estudando. Celinha falou: “procura esse cara. Preso pelos militares, ele acaba de sair da cadeia e foi contratado pelo doutor Roberto Marinho para dar um jeito na Rio Gráfica”. E me apresentei, claro, ao mais brilhante, inteligente, culto, bem-humorado e talentoso jornalista que conheço: Milton Coelho da Graca. Ele entrou na minha vida com o carinho de um pai. Por uma dessas coisas que não tem explicação, ele já tinha ficado na casa dos meus pais. Descobrimos isso milhões de anos depois. Na Rio Gráfica, dizia que eu era o Maçaneta porque fui o primeiro contratado e abri as portas para dezenas, na melhor redação que já trabalhei. Seguimos quase sempre juntos. Gostava de me levar, ou convidar, para onde ia. Ligava do GP do Japão ( “O Senna ficou louco. Disse que está vendo Deus!”). De Nova York (“quanto está o jogo do Vasco?”). De Maceió (“O Pedro Collor ficou maluco. Ele acaba de dar uma entrevista aqui e vai derrubar o irmão e a República”). De Morro Azul (“Vou passar na sua casa e pegar minha coleção da Realidade e o Chevette que guardou para mim). Do Rio (“Vamos tomar um café e comer umas broinhas”)!

O Dragão lutava bravamente contra esse maldito vírus. Não estou preparado, nem nunca estarei, para me despedir.

Ele partiu!


Paulo Marcelo Sampaio, jornalista

Ainda criança, já ouvia falar em Milton Coelho da Graça. “Foi o cara mais inteligente que conheci na minha vida. Trabalhamos juntos na General Electric. Não tinha assunto que ele não dominasse. Um gênio”, me dizia George Leone, casado com minha tia Nilda Leone.

Demorou ainda um tempo para eu contar essa história para o Milton, já nos anos 90. Não acho que ele tenha lembrado do Leone, mas “fico satisfeito de ter marcado a vida de alguém”, disse, com modéstia. Trabalhamos juntos na TVE, onde era comentarista de Política no Jornal de Amanhã. Vez por outra trocava de camisa no meio da redação. “Meninas, eis o meu torso nu!”, soltava sua erudição, para gargalhada barulhenta de Paulo da Luz, o manda-chuva do telejornal.
Deixamos de trabalhar juntos, mas ele não saía do meu radar. Generalista que era, estava sempre no N de Notícia, programa sobre jornalismo na GloboNews. Qualquer que fosse o tema, lá estava ele para nos ajudar.

Encontrei-o pela última vez em outubro de 2017, no lançamento de um livro de Juca Kfouri. Se não me falha a memória, Milton disse que Juca era um mestre. “Milton, magina, mestre aqui é você!” Mestre por ensinar sem qualquer academicismo, sem qualquer palavra difícil, sem esconder segredos. Uma generosidade que desaparece a cada dia nesse mundão, uma generosidade que só os grandes homens têm. E Milton Coelho da Graça foi um gigante. Obrigado, mestre.


Ágata Messina

É difícil falar de alguém que acaba de partir. Ainda mais quando laços de admiração e afeto te ligam a essa pessoa. É difícil, para mim, escrever sobre Milton Coelho da Graça, que acaba de nos deixar, abrindo uma grande lacuna em nossa classe.

Conheci Milton aos 20 anos, com pouco mais de dois anos de profissão, quando fui vender uma pauta para ele, diretor da Revista Realidade. Foi simpatia à primeira vista e também fiquei amiga da Leda Ebert, sua companheira até hoje. Logo em seguida, Milton assumiu a direção da revista Intervalo e me chamou para ser redatora. Acabamos vizinhos de porta e fazíamos parte do Gueto do Brooklyn, como era chamado um grupo de cariocas que trabalhava na Editora Abril, todos vizinhos, e que passava as noites frias de SP jogando intermináveis campeonatos de King, um jogo de cartas no qual nunca rolou dinheiro.

Milton nunca falou das torturas que sofreu quando foi preso em Recife. Diretor da Última Hora naquela cidade, veio o golpe de 64 e ele ficou nove meses na cadeia, apanhando a ponto de terem quebrado todos os seus dentes a coronhada. Quando voltou para o Rio, era um fiapo de gente. Logo conseguiu um lugar na redação do Diário Carioca e surpreendeu os colegas quando disse que não havia nada a lamentar, mas, sim, recomeçar.

Em 1974, pedi demissão da Veja e fui morar na Itália para respirar um pouco de ar puro, já que no Brasil o ar estava irrespirável. No fim do ano seguinte, recebo uma ligação dele, me pedindo para voltar e vir para o Rio. Estava preparando um novo projeto editorial e queria que eu estivesse na equipe. Voltei imediatamente, mas que decepção! Quando cheguei, Milton cumpria pena de seis meses em SP, sua última prisão. Festejamos com amigos a sua volta à liberdade.

Tempos depois, eu já no jornal O Globo, Milton me chamou para a Rio Gráfica e Editora, também do Grupo Globo. Foi quando ele criou as revistas Arte Hoje, Vela & Motor e Tênis Esporte. Foi uma bela experiência profissional.
Anos depois, voltamos a nos reencontrar, sempre a convite dele, na assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio. Quando saiu, para ser vice na candidatura do Sergio Arouca a prefeito, Milton me indicou para ficar no lugar dele. Aliás, ele tinha essa mania de me deixar no lugar dele. Assim foi também na Rio Gráfica, onde ganhou o apelido de Dragão e criou o Dazibao, um jornal mural na redação, para afixar as notícias importantes da época.

Estive com ele no seu último aniversário, a convite da Leda, sua mulher, de quem continuo amiga até hoje. A emoção foi grande, porque quando me viu, me abraçou com carinho e disse: “Agata, eu acho você aonde estiver”.

É por isso que repito o quanto é difícil falar de um amigo querido que se foi. Com ele aprendi a ser jornalista, a editar e, principalmente, chefiar uma equipe com amor, alegria e responsabilidade.

Milton foi um exemplo para várias gerações de jornalistas, aos quais ensinou, passou suas ideias e os tornou amigos. Vai fazer falta para o Brasil de hoje pela sua coragem, garra e convicções inabaláveis. Um colega que em toda a sua vida defendeu a liberdade de expressão, mesmo pagando o preço da sua liberdade e integridade física.


Ancelmo Gois

Milton Coelho e uma lágrima furtiva

Mais cedo fiz o seguinte post no Twitter: pelo bem da imprensa, hoje e no futuro, peço humildemente aos jovens jornalistas que procurem conhecer, e talvez, desculpem a ousadia, que se espelhem um pouco, na trajetória de alguns coleguinhas das antigas. Exemplo: Milton Coelho da Graça, que morreu hoje aos 91 anos.

Longe de mim qualquer postura saudosista. Pelo contrário. Acredito, em condições normais de temperatura e pressão, na evolução da espécie. Acredito, quase sempre, que hoje é melhor do que ontem e pior do que amanhã. Ainda assim, o passado é um livro de recados que pode, desde que haja humildade, insisto, muito ensinar às novas gerações. Da mesma forma que os mais jovens podem transmitir saber em quantidade para os mais velhos.

Toda esta introdução é para falar de Milton Coelho da Graça com quem convivi aqui no Rio nos últimos 50 anos, nas lutas sindicais, na ABI e no combate à ditadura. Acho que ele, assim como o saudoso Maurício Azedo (aliás ambos tinham temperamento difícil muitas vezes), deixaram duas preciosas lições para os que seguem. A primeira é que jornalismo é amor, uma religião quase. Exige dedicação, inquietude, desconfiança, arrojo e desejo de ir mais além.

A outra lição é que, notadamente num país tão injusto como o nosso, não dá para ficar indiferente ao que passa ao seu redor. Desculpe, mas não dá para relaxar. Não é justo, digo isto mil vezes, não sentir pesar com a dor dos outros. Nós somos humanos. Não estou pedindo que nos transformemos em gladiadores, principalmente quando as regras democráticas estão valendo. A profissão tem regras de equilíbrio e ética. O que peço pode ser apenas uma lágrima furtiva diante de uma injustiça.

Este é o legado do Milton Coelho.


Regina Teixeira

Milton Coelho da Graça foi um furacão das redações. Incansável na busca pela notícia bem apurada e em fazer a diferença por onde passava. Foi um defensor da democracia. Ele tinha muito o que contar, o que ensinar. Tive o prazer de conviver com ele na redação do saudoso Jornal do Commércio. Ele era um diretor exigente, mas sempre com um olhar generoso e criativo. Me recordo que algumas vezes bati na porta da sala dele para desabafar sobre questões e dilemas profissionais. E mesmo depois da fase JC, ele continuava sendo um bom ouvinte.

Milton Coelho da Graça foi um grande amigo em momento importante da minha vida, quando resolvi pedir demissão da Gazeta Mercantil e viver o sonho de morar em Paris, onde fiz mestrado e fui colaboradora de alguns veículos. Fui ouvir a opinião dele. Sabia que Milton teria a palavra certa. Não deu outra: Com sua sabedoria, experiência e perspicácia, me deu muita força para seguir em frente.

Obrigada, meu querido amigo Milton.

Fonte: Associação Brasileira de Imprensa



 

Prefeitura de João Alfredo recebe dois concentradores de oxigênio e oxigênio líquido para o combate à covid-19

 



A Secretaria Municipal de Saúde de João Alfredo, recebeu na manhã deste sábado, 29, dois concentradores de oxigênio doados pelo Governo de Pernambuco, que colaborarão para o tratamento dos pacientes com quadro moderado de gravidade do novo coronavírus. Os equipamentos foram entregues na sede da II Gerência Regional de Saúde, em Limoeiro, e destinados ao Centro de Triagem e Tratamento Covid-19, anexo à Unidade Mista de Saúde Joana Amélia Cavalcanti, desta cidade.
“Em nome do prefeito Zé Martins e do povo joãoalfredense agradecemos imensamente ao governo estadual que nos ofertou estes concentradores de oxigênio. Vivemos a pior fase da pandemia no país e estes aparelhos serão fundamentalmente necessários para as próximas semanas. Temos mais uma ferramenta para podermos atender da melhor forma quem for infectado pela doença”, aponta Joanna Amélia do Rêgo Santos, secretária municipal de Saúde, que estava acompanhada da secretária executiva  Dagmar Lins.
Os novos equipamentos permitem concentrar oxigênio a partir do ambiente, dando a pureza de até 95%, então a substância é destinada ao paciente por meio de cânulas. O concentrador é indicado em casos moderados de gravidade da infecção para o tratamento do novo coronavírus, permitindo respiração com apoio de oxigênio enquanto garante maior durabilidade do estoque de cilindros de oxigênio disponíveis no município.
Além dos concentradores de oxigênio, o município também recebeu 20 cilindros de oxigênio líquido, provenientes do Recife. De acordo com Dagmar Lins, o Governo do Estado colaborará com 10 cilindros diários até que esta situação fique normalizada. Relata que antes da atual crise, gastava-se em João Alfredo 15 cilindros de oxigênio líquido por semana; no momento, gasta-se 20 cilindros por dia.  “Reconhecemos ser um um reforço importante para o estoque, caso a demanda aumente ainda mais nos próximos dias ou semanas, já que a oferta de oxigênio atual já é suficiente para todos os leitos, apesar dos percalços temporários. Bom frisar que, além dos pacientes portadores da covid-19, temos que atender a pessoas com outras enfermidades, o que nos faz orientar a população a  seguir as determinações para evitar o contágio com o novo corona vírus, principalmente evitando aglomerações e ficando em casa”, pontuou. 
Fonte:Blog do Dimas santos

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Após luta do Sindicato, jornalistas serão vacinados contra Covid-19 no Maranhão

 



Em São Luís/MA, o Sindicato dos Jornalistas lutou para que os membros da categoria fossem incluídos com prioridade no calendário de vacinação contra o novo coronavírus por exercer atividade considerada legalmente como essencial.

O presidente do Sindicato, jornalista Douglas Cunha, chegou a entregar documento (veja abaixo) ao Governo do Estado e para a Prefeitura de São Luís pedindo prioridade para a categoria, justificando que o profissional da imprensa lida com os fatos relacionados a pandemia na cobertura diária das notícias, se expondo aos perigos de contrair o vírus.

Douglas se empenhou em resolver a questão (assista abaixo no vídeo) e hoje durante entrevista coletiva virtual, o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou que as doses de vacinas contra a Covid-19 vão chegar a todas as empresas de comunicação e alcançarão todo os profissionais, incluindo auxiliares, que prestam serviço de forma direta ou indireta no setor.

Uma vitória para a categoria que esperava pela iniciativa já algum tempo, uma vez que outros Estados já haviam priorizado a vacinação destes profissionais.

 Fonte: Blog do Luís Cardoso


TRE-PE mantém decisões de primeiro grau e Janjão governará Bom Jardim-PE até 2024

 


Na manhã de hoje (28/05/2021), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Pernambuco julgou as duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) promovida pelo ex-prefeito da cidade João Francisco de Lira em desfavor do prefeito eleito João Francisco da Silva Neto. 
Os sete Desembargadores eleitorais que compõe o TRE decidiram por unanimidade manter as duas sentenças do Juiz da 33 Zona Eleitoral de Pernambuco – Bom Jardim, em razão da ausência de provas do alegado abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio.
Apesar de ainda ser possível a interposição de recurso para o TSE em Brasília, os juristas ouvidos são unânimes ao afirmar que o caso a decisão da Corte Eleitoral deve ser mantida, em virtude da fragilidade dos argumentos do ex-prefeito, João Lira nas ações. 
Com a decisão do TRE/PE Janjão, como é conhecido o prefeito da cidade, permanece tranquilo no seu cargo e governará Bom Jardim no quadriênio de 2021 até 2024.
Blog Alberes Xavier


Paulo Câmara assina projeto de lei para criar Auxílio Emergencial do Ciclo Junino

 


O governador Paulo Câmara assinou, na manhã desta sexta-feira (28.05), projeto de lei que concede apoio financeiro para artistas e grupos culturais da tradição junina de todo o Estado. A iniciativa cria o Auxílio Emergencial do Ciclo Junino de Pernambuco – seguindo o modelo do benefício concedido à classe cultural no Carnaval deste ano. Por conta da pandemia da Covid-19, essas categorias profissionais estão impedidas de promover atividades há mais de um ano.
 
A assinatura do projeto de lei, que será enviado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para votação, aconteceu em um evento com transmissão online, e contou ainda com a participação da vice-governadora Luciana Santos. Para essa iniciativa, o Estado destinará recursos do Tesouro da ordem de R$ 3,2 milhões, beneficiando mais de 400 artistas e grupos culturais que foram contratados pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e/ou pela Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) nos ciclos juninos dos anos de 2018 e 2019. Ao todo, serão contempladas mais de cinco mil pessoas.
 
De acordo com o governador, os pagamentos deverão ser efetuados no final do mês de julho. “Essa foi uma iniciativa bem pensada, bem discutida com todo o setor, com a participação das secretarias de Cultura e de Turismo e Lazer. Já conversamos com os deputados para dar celeridade a esse processo, vamos fazer todas as etapas de publicação de editais e cadastramento dos beneficiados e queremos, em um prazo de no máximo 60 dias, ter condições de liberar esse auxílio”, afirmou Paulo Câmara.
 
O valor do Auxílio Emergencial Ciclo Junino de Pernambuco corresponderá a 60% do último cachê recebido pelo artista ou grupo cultural, por meio de contratação com a Fundarpe ou Empetur nos ciclos juninos. Os valores definidos terão um piso de R$ 3 mil e um teto de R$ 15 mil, pagos em parcela única.
 
Segundo o secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, o auxílio é uma forma de manter ativas as manifestações. “Esta é uma política de salvaguarda, que leva em consideração o equilíbrio entre a saúde e a oportunidade de manter uma atividade cultural latente, funcionando dentro dos núcleos culturais mais importantes do Estado. É uma ação que transfere um pouco mais de energia para que os núcleos de criação permaneçam ativos”, argumentou.
 
O turismo tem sido uma das áreas mais afetadas com a pandemia, e de acordo com o secretário estadual de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes, o auxílio mantém forte esse grande atrativo que é o São João de Pernambuco. “O calendário cultural de Pernambuco é um ativo para o turismo do nosso Estado. As pessoas vêm aqui para curtir o Carnaval e também o período junino. Infelizmente, por conta da pandemia, isso não pode acontecer. Temos que pensar nas pessoas que vivem, que exaltam e fazem disso sua vida. É um enaltecimento à cultura do nosso Estado”, explicou.
 
“Fizemos um levantamento para garantir que todos os artistas e grupos que integraram pelo menos uma das nossas grades de contratação dos anos anteriores tivessem direito ao benefício. São profissionais que têm, neste período do ciclo junino, seu ápice para apresentações artísticas, possibilitando uma enorme contribuição para manutenção e sustento de seus grupos e bandas em outros períodos do ano”, disse o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, que também participou da assinatura da proposta.
 
O edital será lançado após a aprovação do projeto de lei pela Assembleia Legislativa, e a execução dos pagamentos ficará a cargo da Fundarpe. Entre as atrações artísticas contratadas pela Fundarpe e/ou Empetur nos ciclos juninos de 2018 e 2019 estão: quadrilhas juninas, cirandas, grupos de coco, xaxado, bacamarteiros, bois, trios de forró-pé-de-serra, bandas de forró e artistas solo.

Aluísio Lessa solicita soro antiofídico para hospitais do interior

 


Antídoto para picadas de cobras peçonhentas, o soro antiofídico deve ser aplicado no paciente na primeira hora após o envenenamento. Diante de tamanha importância, o deputado estadual Aluísio Lessa enviou solicitação ao governador Paulo Câmara e ao secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, para repor o estoque do medicamento nos hospitais de Afogados da Ingazeira, Garanhuns, Goiana e Limoeiro.

Aluísio ressaltou que as unidades de saúde destas cidades encontram-se sem a medição. "O soro antiofídico neutraliza o veneno que se encontra no sangue e nos tecidos da pessoa que sofreu a picada. Essa medicação faz parte do grupo de medicamentos considerados essenciais, por isso estamos solicitando, o mais breve possível, a distribuição para estes hospitais", declarou.

As solicitações do parlamentar foram destinadas para os seguintes hospitais: Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira; Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns; Hospital Regional Belarmino Correia, em Goiana; e Hospital Regional José Fernandes Salsa, em Limoeiro.



Documentos mostram 24 reuniões com atuação do 'ministério paralelo' da Saúde

 


Documentos da Casa Civil entregues à CPI da Covid no Senado mostram que pessoas apontadas como integrantes de um "ministério paralelo" da Saúde no Planalto participaram de ao menos 24 reuniões para tratar das estratégias do governo federal de combate à pandemia.

Segundo senadores independentes e de oposição da CPI, o "ministério paralelo" seria um grupo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro fora da estrutura do Ministério da Saúde.

O material remetido à CPI da Covid pelo Palácio do Planalto trata de informações solicitadas sobre todas as reuniões que tiveram como pauta o tema relacionado à pandemia da Covid-19.

Entre as pessoas presentes nessas reuniões, aparecem o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, além do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), o assessor especial da Presidência, Tercio Arnaud, o ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten e a médica Nise Yamaguchi.

Todas essas pessoas participando de reuniões relacionadas à pandemia do novo coronavírus, de acordo com os documentos enviados à comissão.

Alguns deles são citados em um mesmo evento ou em momentos distintos. Há reunião também com a presença do outro filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (RJ).

Os filhos do presidente estiverem em ao menos cinco reuniões. Três foram uma videoconferência em que iriam tratar do tema "governadores e pedidos de apoio para enfrentamento da crise, as pautas são referentes a saúde, economia e outras áreas".

Em uma dessas três reuniões esteve presente o assessor Tercio Arnaud, que teve uma carreira meteórica na equipe de Jair Bolsonaro.

Integrante do chamado "gabinete do ódio", bunker digital do Palácio do Planalto revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, ele é considerado o principal preposto de Carlos Bolsonaro na equipe do presidente.

A médica Nise Yamaguchi esteve em ao menos quatro reuniões no Palácio do Planalto, segundo os registros da CPI. Em uma delas, em abril do ano passado, tratou sobre hidroxicloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. O presidente chegou a fazer postagens sobre a médica nas redes sociais para falar sobre o medicamento.

Há ao menos 11 registros com a presença do deputado Osmar Terra entre 4 de fevereiro do ano passado até 30 de março deste ano. Em quatro consta na agenda somente a presença dele e do presidente, com tema classificado como "diversos". Médico, Terra tem sido um dos principais conselheiros de Bolsonaro.

Em outra, ele aparece com a presença do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A data é a mesma em que Pazuello tomou posse como ministro. Na ocasião, a pandemia já tinha deixado 4,4 milhões de casos e 133 mil mortes desde o início de fevereiro do ano passado.

Já o ex-ministro das Comunicações Fabio Wajngarten aparece em ao menos seis agendas sobre a pandemia, abordando ações governamentais para o combate ao coronavírus, vacinação e a situação do estado do Amazonas, que passava por uma crise na falta de fornecimento de oxigênio para pacientes internados da doença.

O nome do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, e do ex-assessor Arthur Weintraub, além do empresário Carlos Wizard, apontados na CPI como integrantes do grupo paralelo, até então não apareceram nas listas.

No entanto, nem todos os membros que participaram dos encontros foram divulgados nas planilhas das reuniões entregues à CPI, ou a informação é de que não há lista de nomes. Algumas tratavam de temas importantes como a vacina de combate ao coronavírus e o consórcio Covax Facility.

Em seu depoimento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse desconhecer a estrutura paralela. A comissão mira em Carlos Bolsonaro para investigar o suposto grupo, assim como Arthur Weintraub.

Os parlamentares acreditam que o advogado pode ser um dos líderes do gabinete paralelo, após a revelação de vídeos em que afirmou que estava investigando a suposta eficácia da hidroxicloroquina a pedido de Bolsonaro.

Osmar Terra também deve ser convocado. Ele é apontado como um dos conselheiros de Jair Bolsonaro que combateram o isolamento social, único instrumento que existia no ano passado, além do uso de máscaras, para frear a disseminação do novo coronavírus no Brasil.

O requerimento de convocação foi apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). A decisão de chamá-lo foi tomada depois que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta citou Terra como uma das pessoas do grupo que aconselhava o presidente de forma paralela para que ele não seguisse as recomendações da pasta da Saúde.

Segundo o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o ex-secretário de comunicação da presidência, Fabio Wajngarten, deu relatos que comprovam a existência do grupo. De acordo com o parlamentar, isso aconteceu depois que Wajngarten admitiu que participou de reuniões de negociação de vacina com representantes da Pfizer.

"Vossa excelência é a prova da existência dessa consultoria, é a primeira pessoa que incrimina o presidente da República, porque iniciou uma negociação em nome do Ministério da Saúde, como Secretário de Comunicação e se dizendo em nome do presidente; é a prova da existência disso", disse Renan, durante depoimento do ex-secretário à CPI neste mês.

Procurados através da assessoria de imprensa, a presidência e a Casa Civil não responderam aos contatos da reportagem nesta quinta-feira.


Capacete de respiração criado no Ceará ajuda pacientes com Covid-19


Um capacete de respiração assistida criado por pesquisadores no Ceará tem ajudado no tratamento de pacientes internados por Covid-19. Batizado de Elmo, em referência ao equipamento que protegia a cabeça de soldados na era medieval, o aparelho já está sendo usado em ao menos oito estados.

"Recebemos 50 capacetes há 45 dias e o pessoal aqui está bem empolgado, realmente consegue trazer um diferencial de assistência ventilatória não invasiva. Nossa experiência tem mostrado que diminui a chance de pacientes serem intubados", disse o infectologista Guillermo Sócrates, 43, diretor-geral do Hcamp, hospital de campanha da gestão estadual em Goiânia.

Feito de silicone e PVC, o Elmo oferece oxigênio em alto fluxo. Ele envolve toda a cabeça do paciente, é fixado no pescoço em uma base que veda a passagem de ar e é indicado para pessoas que precisam de oxigênio em um estágio pré-intubação.
 


"Pense em uma escada de tratamento para pacientes que precisam de oxigenação. O primeiro degrau é o catéter de oxigênio, passando depois para a máscara. Nesse momento entra o capacete, com ventilação não invasiva, sem a necessidade do respirador", explicou o pneumologista Marcelo Alcantara, 53.

O paciente fica, em média, de sete a dez dias usando o equipamento, se necessário até 24 horas por dia -ele pode ser retirado para a alimentação.

Superintendente da ESP (Escola de Saúde Pública) do Ceará, Alcantara liderou a força-tarefa que elaborou o Elmo, inspirado em máscaras de mergulho usadas por médicos italianos no tratamento de Covid-19 e em capacetes hiperbáricos utilizados em doenças de descompressão nos EUA e na Europa.


Estudo feito em parceria com a UFC (Universidade Federal do Ceará) mostrou que 60% dos pacientes internados que usaram o equipamento deixaram de ser intubados.

Uma contra-indicação apresentada no período de testagem foi para pessoas que tenham claustrofobia, já que o Elmo envolve toda a cabeça do paciente.

"A estética do Elmo, num primeiro momento, assusta um pouco. Mas indico a todas as pessoas que possam usar, o capacete salvou minha vida", contou o servidor público Francisco Fábio Santiago, 39.

Morador de Chorozinho, cidade a 70 km de Fortaleza, Santiago pegou Covid no fim de 2020. Ele foi internado na capital em 24 de novembro no hospital Leonardo da Vinci, adquirido pelo governo do Ceará no ano passado para uso exclusivo de pacientes com a doença.

"Estava com 80% do pulmão comprometido, fui direto para a UTI e os médicos disseram que era caso para intubação. Foi quando deram a opção do Elmo, que não era conhecido ainda. Em 30, 40 minutos de uso já senti um conforto respiratório. Usei por cinco dias, dos 17 que fiquei internado. Não precisei da intubação", contou Santiago.

Em novembro de 2020, após cinco meses de testes, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a produção em escala industrial, e uma empresa cearense foi licenciada para a fabricação -hoje o valor de um capacete é, em média, de R$ 1.200.

Os royalties são divididos entre as cinco instituições que participaram da força-tarefa de criação: a ESP, a UFC, a Unifor (Universidade de Fortaleza), a Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) e o Senai-CE.

No início de fevereiro, três profissionais da ESP foram a Manaus treinar médicos e enfermeiros para o uso do Elmo -o governo do Ceará doou 40 capacetes ao Amazonas. O mesmo ocorreu em março, no Maranhão.

A maioria dos produtos hoje é comprado por instituições privadas e doado a prefeituras e governos estaduais. O Hcamp de Goiânia, por exemplo, recebeu suas unidades de uma empresa que reverteu na compra do Elmo uma multa recebida do Ministério do Trabalho.

A Secretaria de Saúde de São Paulo obteve em abril a doação de 150 capacetes que estão sendo testados, informou o governo estadual -algumas prefeituras do interior, como de Paraguaçu Paulista, compraram o equipamento por conta própria.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), sancionou uma lei em 15 de abril autorizando o Elmo nos hospitais estaduais, mas segundo a Secretaria de Saúde o equipamento ainda não está em uso.