segunda-feira, 11 de maio de 2020

Na Funase, socioeducandos amenizam a saudade das mães por videochamadas

Projeto, implantando para reduzir efeitos do distanciamento social durante a pandemia da Covid-19, já está funcionando em todas as unidades de internação e internação provisória do Estado


Adolescentes e jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão utilizando videochamadas para se comunicar com as famílias neste domingo (10), Dia das Mães. O objetivo é amenizar a distância e a saudade no período de distanciamento social decorrente da pandemia da Covid-19. O recurso, que começou a ser testado em abril, como um projeto piloto em Caruaru, no Agreste, já está presente nas 15 unidades de internação e internação provisória em operação em todas as regiões de Pernambuco.  

Celebrado em um dia que era voltado a visitas à população privada de liberdade, o Dia das Mães costumava ser marcado por festividades nas unidades da Funase, com apresentações teatrais, distribuição de brindes e disponibilização de serviços de beleza, saúde e bem-estar para as visitantes. Na edição 2020 da data, mesmo com a distância física, os socioeducandos prepararam versos e homenagens para serem transmitidos virtualmente. Nem todos conseguem expressar o que planejaram, como o adolescente A.C., do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, que se emocionou muito na videochamada.

“Foi um momento muito comovente. Ele não conseguiu recitar os versos que havia preparado”, afirma o coordenador geral do Case Vitória de Santo Antão, Abinoan Barboza. Todas as videochamadas têm ocorrido de forma supervisionada, a partir de computadores da instituição. “Todos os educandos fizeram chamadas de vídeo ontem e hoje com homenagens às suas mães”, completa o gestor.

No Case Vitória e nas outras unidades da Funase, a entrada de visitantes foi suspensa temporariamente como medida preventiva à disseminação do novo coronavírus. A estratégia foi implantada há pouco mais de um mês, após um processo de diálogo e sensibilização feito junto a socioeducandos e familiares. A repercussão tem sido tranquila na comunidade socioeducativa. Outras ações também foram adotadas nesse período, como a redução do número de transferências administrativas de socioeducandos, a intensificação da limpeza de espaços físicos e a distribuição de kits de higiene e de equipamentos de proteção individual.


Imagem: Divulgação

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