terça-feira, 2 de junho de 2020

Socioeducandos do Case Pirapama concluem dois cursos profissionalizantes

Mesmo em tempo de pandemia, a qualificação profissional de adolescentes e jovens em cumprimento de medida de internação na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) vem sendo mantida. No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, 33 socioeducandos concluíram, nos últimos dias, os cursos de Montagem e Manutenção de Computadores e de Fabricação Artesanal de Produtos de Limpeza, ambos certificados pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Pernambuco (CIEE-PE). As aulas foram ministradas em turmas reduzidas como medida de prevenção ao novo coronavírus.


Nas aulas de Manutenção de Computadores, os 24 socioeducandos participantes foram divididos em turmas de quatro alunos. Com uma carga horária de 40 horas/aula, o curso foi ministrado pelos instrutores Higino Filho e Daniel Barreto, do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. No conteúdo programático, os socioeducandos aprenderam, por exemplo, como reaproveitar peças de computadores inservíveis para compor novas máquinas. “Foram quase dois meses e meio, com uma variação de horários, porque tínhamos que chamar grupos de quatro alunos, de modo que passávamos o dia inteiro na unidade. Foi algo muito importante na rotina do local em uma época de adaptações por conta da pandemia”, explicou o instrutor Higino Filho.

A certificação do curso já foi realizada e contou com a participação do coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando de Albuquerque. Com o conhecimento adquirido, os socioeducandos poderão atuar como autônomos ou pleitear inserção no mercado de manutenção de computadores quando deixarem a internação. “Notamos um interesse muito grande daqueles adolescentes. Tanto que vários deles manifestaram vontade de participar do próximo curso na unidade. Posso dizer, sem dúvida, que tivemos um índice elevado de aproveitamento no curso como um todo”, afirmou o instrutor Daniel Barreto.

Já a turma de Fabricação Artesanal de Produtos de Limpeza, a primeira realizada na unidade, foi conduzida pelo agente socioeducativo Clebson Melo, que tinha conhecimento na área e foi convidado a ser instrutor do conteúdo. “Depois dessa formação, muitos adolescentes já pediram para os pais para se organizarem e comprarem os materiais de limpeza para começar a trabalhar quando saírem da unidade. Os cursos vieram para agregar no processo de formação profissional, que é um dos objetivos maiores da socioeducação. Essa experiência foi muito proveitosa”, atestou o coordenador técnico do Case Pirapama, Valdir Peixoto.

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