A defesa do projeto acontece ainda neste mês, na Câmara dos Vereadores da cidade
O Projeto Baobá, da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Cardeal Dom Jaime Câmara, de Moreno, Zona da Mata do Estado, pode virar um festival municipal. A unidade de ensino defenderá o projeto no próximo dia 26, às 9h, na Câmara dos Vereadores, para que ele faça parte do calendário oficial de comemorações do município. A proposta é do vereador Toni do João Paulo, que prevê um festival cultural para a cidade nos moldes da atividade realizada na escola.
Realizado desde 2018 na EREM, o Projeto Baobá tem como objetivo divulgar a história da África, contribuir na luta da população negra no Brasil, fortalecendo a sua cultura, e ressaltar a importância do povo na formação da sociedade nacional, enfatizando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil, promovendo equidade e justiça social. Desde então, em novembro, mês da Consciência Negra, a escola promove oficinas, apresentações culturais, como músicas, danças, artes visuais, assim como artesanato, culinária, entre outras ações com os estudantes.
O projeto trabalha aspectos como o fortalecimento da identidade negra, a valorização do potencial criativo e elevação da autoestima dessa população, principalmente os adolescentes periféricos, somando para o desenvolvimento de uma consciência crítica, incorporando novos valores e incentivando uma cultura de paz, respeito e equidade. Os eventos do projeto fizeram tanto sucesso neste tempo, que a unidade de ensino entrou em contato com vereadores da cidade fazendo a proposta. De acordo com o professor de história e idealizador do Projeto Baobá, Antônio Arnaldo, a expectativa é que ele não seja somente aprovado na câmara, mas que se torne lei antes de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
“As atividades que realizamos dentro do projeto Baobá vão além do pedagógico; elas vão para as questões sociais, como para o enfrentamento ao racismo. E aplicado no município, ele vai impactar diretamente no turismo da cidade, pois à medida em que for crescendo, vai ganhando evidência na região. A temática dele é afro, é baseado em pesquisas feitas pelos nossos estudantes, sem tratar a data com um folclore, porque não é. Se o nosso projeto for aprovado como festival, todas as secretarias estarão envolvidas, e todos nós vamos debater o preconceito, o racismo e a intolerância. Tudo o que fazemos na escola, vamos levar para a cidade. Estamos muito felizes e otimistas com a defesa”, disse Arnaldo.
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