sexta-feira, 18 de outubro de 2024

HC promove ação sobre o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita

Unidade de Saúde da Mulher realizou testagem rápida, distribuição de preservativos e orientações à população sobre a IST


A Unidade de Saúde da Mulher do Hospital das Clínicas da UFPE realizou ação educativa itinerante com distribuição de preservativos e testagem rápida de sífilis e HIV/Aids, na última quinta-feira (17), para os usuários do HC para lembrar o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, data móvel que acontece no terceiro sábado de outubro. O HC-UFPE é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
 
“Essa é uma campanha de conscientização importante para sensibilizar os pacientes sobre a importância da prevenção da doença (com o uso de preservativo nas relações sexuais) e saberem onde podem fazer o teste rápido e como é o tratamento da sífilis”, comentou a ginecologista e obstetra do HC, Dirce Luíza dos Santos, uma das organizadoras da ação.
 
A sífilis é uma das mais comuns ISTs no Brasil e pode levar a complicações neurológicas e à morte tanto de adultos quanto de fetos e bebês. “O diagnóstico no pré-natal é muito importante porque a bactéria da sífilis (Treponema pallidum) pode atravessar a placenta e acometer o feto causando sequelas muito graves como retardo mental, doenças cardíacas e doenças ósseas. E o mais importante: a sífilis tem tratamento eficaz, se for feito em tempo hábil. O atendimento da gestante precisa ser integral”, destacou Dirce.
 
Dados mais recentes do relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelaram que, em 2022, houve mais de 8 milhões de casos em pessoas de 15 a 50 anos de idade no mundo, além de 700 mil casos novos de sífilis congênita, podendo ter levado a até 150 mil mortes fetais.


“Com a realização do pré-natal é inaceitável que alguma criança nasça com sífilis porque o teste de triagem é obrigatório. E no pré-natal do companheiro também quando a mãe testa positivo e a gente vai tratar os dois. É fundamental todas as pessoas com vida sexual testarem. A sífilis acomete socialmente a pessoa no entorno dela. Não é só uma doença da pessoa, é uma doença da sociedade, da família e da gestante”, pontuou Dirce Santos.
 
A sífilis é caracterizada por uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro), que surgem entre 14 e 21 dias após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada pela bactéria Treponema pallidum e de difícil percepção na genitália interna feminina, sendo essa a fase primária. A etapa seguinte é marcada por manchas brancas ou acinzentadas na pele e presença de sintomas mais sistêmicos como febre, dor articular e ínguas (caroços) nas virilhas. Se não tratada rapidamente, a doença pode agravar e chegar à fase de latência, podendo não ocorrer qualquer manifestação durante anos, mas com grave comprometimento do sistema nervoso central e surgimento de doença cardiovascular após décadas.
 
A médica explicou ainda que os pacientes que tiveram seus testes positivos para sífilis nessa ação já vão iniciar o tratamento no HC e depois contrarreferenciados para as Unidades Básicas de Saúde de onde vieram encaminhados. Assim, como o tratamento, o teste rápido (TR) de sífilis está disponível no SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído pelo Ministério da Saúde, como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica.
 
 
Sobre a Ebserh

O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.


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