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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O AUTO DA COMPADECIDA FEZ SUCESSO NA CIDADE DE LIMOEIRO DURANTE O FESTEL.



A Cidade de Limoeiro está sendo palco da 17° edição do Festival de Teatro de Limoeiro (FESTEL). A semana mal começou e já foi proporcionado ao público Limoeirense um espetáculo de “tirar o fôlego”.  O espetáculo “Auto da Compadecida” teve início próximo às 15h30min e contou com a presença de quase 300 pessoas segundo a organização do Evento. O Palco estilo Caixa Italiana do Centro Cultural Ministro Marcos Vinícius Vilaça, foi o escolhido para tamanha apresentação que contou com 17 pessoas em cena além de diretores, músicos, técnicos, motoristas e equipe de produção. O traço mais exuberante da peça, é que a mesma é encenada em sua totalidade com a trilha sonora cantada e tocada AO VIVO, seguindo cada passo para o findar do espetáculo.  Dentre os presentes, se fez maioria os alunos da Escola Cônego Fernando Passos e os educandos do Educandário Maria Clara, ambos localizados na zona urbana de Limoeiro.  


O Espetáculo é uma espécie de Trabalho de Conclusão que os alunos do curso de Teatro na Cia Cênicas apresentaram sendo esta a terceira vez que o espetáculo é encenado para grande público, como exclamou o Representante do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculo e Diversão de Pernambuco (SATED/PE): O espetáculo está verde ainda, ele vai amadurecendo aos poucos. Existem algumas linhas a serem corrigidas, mas com o tempo tudo se acerta.

Vale ressaltar que a turma apresentadora é a mesma que estava em sala de aula aprendendo em 2018 como chegar ao resultado que foi apresentado. Muitos não possuíam intimidade com o teatro sendo o Auto da Compadecida a primeira peça que alguns apresentaram. O elenco foi bem diversificado, dentre os atores, havia pessoas de diversas religiões, idades e localidades do Recife.  Um fato curioso e que despertou a atenção do público presente, foi que em meio a tantos jovens uma senhora se destacava com a sua alegria. Não demorou muito até ela se identificar no fim do espetáculo que era Professora da Cia de Teatro e que aos 68 anos de idade aceitou a proposta de ser uma das palhaças do espetáculo, os palhaços que segundo Ariano possuem uma característica especial, pois eles têm o dever de “cegar” o público enquanto o ambiente é montado para a próxima cena.

Além dos alegres palhaços; o Bispo chamou atenção com a sua entonação estilo portuguesa; o Padre com o seu estilo mais acanhado e ao mesmo tempo “abocanhador”; A mulher do padeiro com seu figurino elegantíssimo e uma entonação impecável; O próprio padeiro com seu maravilhoso cabelo que combina com a sua atuação em cena; O sacristão nem se fala, ele te um gingado em cena espetacular; O cangaceiro Severino desempenhou muito bem o papel sendo rude nos momentos certos e humilde quando deveria; O ajudante de Severino com suas mímicas divertiu todo mundo;  Chicó com seu jeito matuto e ao mesmo tempo um olhar de esperança; João Grilo adentrou no palco já em êxtase que resultou no sucesso do espetáculo; O major Antônio Moraes apesar de ter entrado em cena poucas vezes, nos momentos de tremores transportou ao público a raiva que o mesmo sentia; O capeta levou o espetáculo como deveria levar e superou as expectativas calorosas do público; As “diabetes” chamaram a atenção com sua coreografia e mobilidade do corpo; A compadecida com seus cabelos longos encantou a todos com a voz que ecoou no salão quando cantou a música de encerramento; O Cristo nos trouxe uma lembrança clara de que no céu não há racismo e o personagem fez isso muito bem. O espetáculo tem a direção geral de Antônio Rodrigues e a direção musical de Douglas Duan.




Nossa Reportagem enviou com caráter de urgência o resumo do espetáculo junto com arquivos de imagens e vídeos que foram avaliados por quatro profissionais do ramo teatral, sendo dois da Itália e dois do Recife. Após breve análise os críticos enviaram a nossa redação a réplica daquilo que observaram e esta réplica será posteriormente envidada a Cia. de teatro.



REPORTAGEM
MARCUS VINÍCIUS








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