A Cidade de Limoeiro
está sendo palco da 17° edição do Festival de Teatro de Limoeiro (FESTEL). A
semana mal começou e já foi proporcionado ao público Limoeirense um espetáculo
de “tirar o fôlego”. O espetáculo “Auto
da Compadecida” teve início próximo às 15h30min e contou com a presença de
quase 300 pessoas segundo a organização do Evento. O Palco estilo Caixa
Italiana do Centro Cultural Ministro Marcos Vinícius Vilaça, foi o escolhido
para tamanha apresentação que contou com 17 pessoas em cena além de diretores,
músicos, técnicos, motoristas e equipe de produção. O traço mais exuberante da
peça, é que a mesma é encenada em sua totalidade com a trilha sonora cantada e
tocada AO VIVO, seguindo cada passo para o findar do espetáculo. Dentre os presentes, se fez maioria os alunos
da Escola Cônego Fernando Passos e os educandos do Educandário Maria Clara,
ambos localizados na zona urbana de Limoeiro.
O Espetáculo é uma
espécie de Trabalho de Conclusão que os alunos do curso de Teatro na Cia
Cênicas apresentaram sendo esta a terceira vez que o espetáculo é encenado para
grande público, como exclamou o Representante do Sindicato dos Artistas e
Técnicos de Espetáculo e Diversão de Pernambuco (SATED/PE): O espetáculo está verde ainda, ele vai
amadurecendo aos poucos. Existem algumas linhas a serem corrigidas, mas com o
tempo tudo se acerta.
Vale ressaltar que
a turma apresentadora é a mesma que estava em sala de aula aprendendo em 2018
como chegar ao resultado que foi apresentado. Muitos não possuíam intimidade
com o teatro sendo o Auto da Compadecida a primeira peça que alguns
apresentaram. O elenco foi bem diversificado, dentre os atores, havia pessoas
de diversas religiões, idades e localidades do Recife. Um fato curioso e que despertou a atenção do
público presente, foi que em meio a tantos jovens uma senhora se destacava com
a sua alegria. Não demorou muito até ela se identificar no fim do espetáculo que
era Professora da Cia de Teatro e que aos 68 anos de idade aceitou a proposta
de ser uma das palhaças do espetáculo, os palhaços que segundo Ariano possuem
uma característica especial, pois eles têm o dever de “cegar” o público enquanto
o ambiente é montado para a próxima cena.
Além dos alegres
palhaços; o Bispo chamou atenção com a sua entonação estilo portuguesa; o Padre
com o seu estilo mais acanhado e ao mesmo tempo “abocanhador”; A mulher do
padeiro com seu figurino elegantíssimo e uma entonação impecável; O próprio
padeiro com seu maravilhoso cabelo que combina com a sua atuação em cena; O
sacristão nem se fala, ele te um gingado em cena espetacular; O cangaceiro Severino
desempenhou muito bem o papel sendo rude nos momentos certos e humilde quando
deveria; O ajudante de Severino com suas mímicas divertiu todo mundo; Chicó com seu jeito matuto e ao mesmo tempo
um olhar de esperança; João Grilo adentrou no palco já em êxtase que resultou
no sucesso do espetáculo; O major Antônio Moraes apesar de ter entrado em cena
poucas vezes, nos momentos de tremores transportou ao público a raiva que o
mesmo sentia; O capeta levou o espetáculo como deveria levar e superou as
expectativas calorosas do público; As “diabetes” chamaram a atenção com sua
coreografia e mobilidade do corpo; A compadecida com seus cabelos longos
encantou a todos com a voz que ecoou no salão quando cantou a música de
encerramento; O Cristo nos trouxe uma lembrança clara de que no céu não há
racismo e o personagem fez isso muito bem. O espetáculo tem a direção geral de Antônio Rodrigues e a direção musical de Douglas Duan.
Nossa Reportagem
enviou com caráter de urgência o resumo do espetáculo junto com arquivos de
imagens e vídeos que foram avaliados por quatro profissionais do ramo teatral,
sendo dois da Itália e dois do Recife. Após breve análise os críticos enviaram
a nossa redação a réplica daquilo que observaram e esta réplica será
posteriormente envidada a Cia. de teatro.
REPORTAGEM
MARCUS VINÍCIUS
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