O estado de Pernambuco foi o mais premiado entre os vencedores do Desafio Videos For Change, que teve como objetivo estimular a produção de vídeos por parte de jovens do ensino fundamental e médio sobre temas que mais preocupam os jovens e sobre causas sociais de impacto para suas vidas, com sugestões de melhorias nos mais diversos âmbitos. O festival trouxe temas como racismo, saúde mental e sexualilidade, bullying, igualdade de gênero e assédio/violência sexual.
Nessa terça-feira (19), foram anunciados, em live no Youtube, os 13 vídeos vencedores eleitos após votação popular que aconteceu até o dia 10 de setembro pelo site: brasil.videosforchange.org. Ao todo, 81 vídeos de 16 cidades de quatro estados (São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) concorreram na etapa nacional.
Ao todo, 11 vídeos feitos por estudantes de escolas pernambucanas ganharam o prêmio. As escolas estão nas cidades de Olinda, Recife, Solidão, Tabira, Paulista, Cabrobó e Belém do São Francisco. Os vídeos e as escolas premiadas são as seguintes:
- ESCOLA MUNICIPAL MONTE CASTELO / Olinda – Vídeo “Lugar de Mulher é onde ela quiser!”
- ESCOLA MUNICIPAL MANOEL MARQUES DE OLIVEIRA /Solidão-PE – Vídeo “Não Me Toque!”
- ESCOLA MUNICIPAL ANDREA PIRES / Tabira-PE – Vídeo “Vista-se de Amor Próprio”
- EDUCANDARIO MUNICIPAL CONEGO COSTA CARVALHO / Paulista-PE – Vídeo “Felicidade Sem Drogas”
- ESCOLA MUNICIPAL DA MANGABEIRA / Recife-PE – Vídeo – “Diga Não ao Racismo”
- ESCOLA MUNICIPAL MONTE CASTELO / Olinda-PE – Vídeo – “Lugar de Mulher é onde ela quiser!”
- ESCOLA MUNICIPAL PRESIDENTE COSTA E SILVA / Cobrobó-PE – Vídeo “Pobreza: Má distribuição e Renda”
- ESCOLA TECNICA ESTADUAL MARIA EMILIA CANTARELLI / Belém do São Francisco-PE – Vídeo “Quem depende da água somos nós!”
- ESCOLA MUNICIPAL GOVERNADOR CARLOS WILSON CAMPOS / Paulista-PE – Melhor Vídeo e Narrativa “Eu e Eu Mesmo Aqui Dentro”
- ESCOLA MUNICIPAL ANDRE FLORENTINO CAVALCANTI / Cobrobó-PE – Vídeo “Reciclagem”
A escolha dos melhores vídeos contou também com a votação dos jurados, entre eles: Luciana Temer, do Instituto Liberta, Eunice Baía, ativista indígena e atriz conhecida por interpretar Tainá no filme “Tainá: Uma Aventura na Amazônia”, Sônia Guimarães, a primeira mulher negra no Brasil a ser PhD em Física, além de Igor Lima, um dos criadores do Instituto Sonho Grande, e Sharylaine, rapper e produtora cultural.
“Estamos muito felizes por engajar o Brasil no projeto Videos for Change. Essa é uma oportunidade para nossos jovens e adolescentes serem ouvidos e explicitarem suas preocupações e posicionamentos não apenas ao País, mas para o mundo”, explica Lina Wurzmann, presidente e fundadora da Viven. “Esse é um trabalho de profundidade: ajudamos os jovens a perceber as causas que os preocupam, a entender o cenário de forma clara e a amplificar suas vozes, seu protagonismo e sua capacidade de mobilização”, complementa.
Sobre o Festival Nacional do Desafio Videos For Change
Foram mais de 500 vídeos foram inscritos nos festivais regionais de 2022 e 81 foram premiados por um corpo de jurados multidisciplinar em categorias como originalidade, criatividade, melhor uso de recursos técnicos e narrativa, além dos que foram eleitos por meio de votação popular.
O trabalho da Viven teve origem na High Resolves, organização pioneira que, desde 2005, tem como missão viabilizar a educação cidadã por meio de metodologias inovadoras na Austrália e em outros países do mundo. O trabalho utiliza conceitos da neurociência, Teoria dos Jogos e Economia Comportamental, com resultados comprovados na prática.
“A proposta da Viven é promover a educação cidadã, por meio de vivências, pois sabemos que é preciso sentir para transformar. Para isso, usamos atividades como os vídeos, jogos, rodas de conversa e outras experiências para que os estudantes ampliem o seu olhar sobre a sociedade e se tornem cidadãos mais críticos e comprometidos com a transformação social”, diz Anna Colacino, diretora executiva da organização.
No Brasil, a ONG já implementou sua metodologia em 318 escolas de 111 cidades, contando com mais de 170 mil participações de estudantes nas vivências desenvolvidas. Os professores são fundamentais para a proposta e são preparados pela Viven para atuar na implementação do método. “São os professores que têm o vínculo com os estudantes. Por isso, os formamos. Isso gera mais conexão e transformação no longo prazo. Além disso, esperamos que os estudantes tenham melhor desempenho acadêmico, senso de pertencimento, consciência social e predisposição para atuar em prol da coletividade, pautados por justiça social”, diz Colacino.
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