Crescimento estrutural e assistencial foi planejado no PDFH do hospital, que serviu de projeto-piloto para toda a Rede Ebserh
.jpg)
A ampliação dos serviços de assistência de Oncologia e Nefrologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) foi debatida em audiência pública, na manhã desta segunda-feira (5), data em que se comemora o Dia Nacional da Saúde, na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), na área central do Recife. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O evento teve como objetivo apresentar a importância do financiamento (via emendas parlamentares) para a realização de obras, como a construção do prédio do Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e a readequação da estrutura da hemodiálise, incluindo a ampliação de 16 para 32 dialisadores. Essas melhorias vão beneficiar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que são atendidos no hospital. O custo estimado para a construção do Cacon é de R$ 17 milhões; já a ampliação do Serviço de Hemodiálise custará cerca de R$ 6 milhões.
O superintendente do HC Felipe Carrilho fez uma breve apresentação do hospital e enfatizou a importância da ampliação da assistência em Oncologia em Hemodiálise, como áreas estratégicas para a rede estadual.
“Com a qualificação e ampliação da hemodiálise, o HC vai dobrar a quantidade de pacientes atendidos e de sessões de hemodiálise oferecendo tratamento às pessoas que precisam e diminuindo o impacto na rede estadual. Sobre o Cacon, será um novo prédio a ser construído no terreno do HC, exclusivamente para assistência oncológica, com oferta de radioterapia, fortalecimento da cirurgia oncológica e pesquisa clínica em Oncologia”, explica o superintendente do HC, Filipe Carrilho, que lembrou a experiência do hospital em entregas de melhorias à sociedade a partir de emendas parlamentares, citando uma série de exemplos.
Além do superintendente Filipe Carrilho, a mesa foi composta pelo presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Alepe, deputado Adalto Santos; pelo reitor da UFPE, Alfredo Gomes; pela secretária executiva de Regulação em Saúde da SES-PE, Fabiana Wanderley; pela diretora geral de fluxos assistenciais da SES, Glívia Maria; pela coordenadora de política de Oncologia da SES, Maria Monalis; pelo coordenador de política de Nefrologia da SES, Rodrigo Bezerra; e pela vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Oilda Maria.
Para o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, é um “orgulho ver a atuação do HC nesse momento, prestando tão bons serviços aos seus pacientes”. “O HC atende pessoas de todas as 184 cidades do Estado, além de ser referência no ensino, na pesquisa e na inovação. Estamos aqui na Alepe hoje para construir pontes e obter recursos para mais serviços de relevância para a nossa população. Queremos nos articular com os demais deputados para a ampliação da assistência em saúde em Pernambuco”, destacou o reitor.
Representando os gestores da SES-PE, a secretaria executiva de regulação, Fabiana Wanderley salientou a parceria com o HC. “Estamos junto com o HC para contribuir com as necessidades de melhorias e ampliação de serviços, que vão favorecer a nossa população de todas as regiões do Estado”, comentou.
O deputado Adalto Santos se comprometeu a levar o pleito do HC a todos os outros 48 deputados estaduais e ao governo do Estado. “O HC é uma instituição vital para o atendimento de milhares de pernambucanos e enfrenta desafios significativos, que não podem ser ignorados. As necessidades urgentes de investimento em infraestrutura e compra de equipamentos exigem atenção imediata”, afirmou o parlamentar.
Pelo Conselho estadual de Saúde, controle social do SUS, a representante Oilda Maria enfatizou que a demanda do HC “ajudará a reduzir o sofrimento e a mortalidade da população que precisa de assistência.”
A paciente Maria Miraneide Burégio, do ambulatório de Oncologia, pediu a palavra na audiência pública para elogiar o atendimento que recebe do HC e desejou que mais pessoas tivessem a mesma chance de sobreviver que ela conseguiu. “Passei por 29 sessões de quimioterapia e recebo um tratamento humanizado e de muito respeito no HC. Graças a isso, consegui ver o meu netinho nascer. Com essa ampliação da assistência oncológica, mais pessoas terão a chance que recebi de sobreviver a um câncer e me curar”, disse, emocionada. Outras quatro pessoas fizeram depoimentos ratificando o papel do hospital e a necessidade de investimentos para ampliação dos serviços: Maria Paula Bandeira (paciente oncológica), Benedito de Amorim (paciente da Nefrologia do HC), Analu Pedrosa (enfermeira do HC) e Gisele Vajgel (chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do HC).
Planejamento
Pactuada com a SES-PE (gestora do SUS em Pernambuco), a ampliação da assistência oncológica e nefrológica foi elaborada e planejada pelo Plano Diretor Físico Hospitalar (PDFH), documento construído para nortear as reformas, melhorias e readequações de todos os hospitais que fazem parte da Rede Ebserh, levando em conta as atividades desenvolvidas na unidade no âmbito do ensino, pesquisa e assistência. O HC foi o primeiro hospital da Rede a elaborar esse documento, servindo como projeto-piloto.
A partir do PDFH, o HC foi beneficiado com seis obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a ampliação do bloco cirúrgico e da UTI Geral, a criação de uma UTI Pediátrica e outras obras estruturantes como a modernização das instalações elétricas, da fachada, das fundações e do subsolo do hospital.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário