Neste mês de agosto, completam-se
25 da morte de um dos maiores líderes religiosos e defensores dos direitos
humanos no Brasil: Bom Hélder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife e uma das
figuras mais marcantes da Igreja Católica, principalmente no Recife, a última
cidade onde morou. Sua figura marcante e sua em prol dos mais pobres e
marginalizados deixaram um legado que perdura até os dias de hoje.
Imagens de divulgação da internet
Um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil, pregava uma igreja voltada para os mais pobres e não-violência. Ordenado Padre em 1931, ele rapidamente chama atenção por sua postura engajada nas questões sociais. Sua preocupação com a pobreza e a desigualdade se tornaram marca registrada da sua trajetória. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, e foi indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
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Seguiu a carreira religiosa desde cedo, no Ceará. Por sua postura progressista e compromisso com a justiça social, ele se destacou como defensor das camadas mais desfavorecidas e desassistidas, sendo também conhecido como o “Bispo dos Pobres”. Além dessa atuação social e política, foi teólogo e escritor, deixando inúmeras obras que ainda hoje são referência para quem busca compreender a relação entre a fé e a justiça social. No Recife, um espaço guarda a memória e destaca o legado do religioso. A Igreja de Nossa Senhora da Assunção das Fronteiras, a "igrejinha de Dom Hélder", no bairro da Boa Vista, abriga um acervo de mais de 200 objetos pertencentes ao religioso, numa exposição permanente.
Durante a sua atuação como arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara criou a ação pastoral operária (APO), dedicada a apoiar os trabalhadores e combater as condições desumanas de trabalho. Dom Hélder Câmara também teve um papel importante na luta pelos direitos indígenas e pela preservação do meio ambiente, em defesa dos povos originários. ele denunciou a devastação causada pelo agronegócio e defendeu o direito à Terra e a cultura indígena, enfrentou resistência por partes dos setores conservadores da igreja e também da sociedade brasileira.
Neste momento de lembrança e reflexão sobre a passagem do “Dom do Amor”, é importante reafirmar seu compromisso com os mais vulneráveis. O legado de Dom Hélder continua vivo e sua mensagem de solidariedade e justiça ainda ecoam, inspirando aqueles que lutam por um mundo mais justo e fraterno. Dom Hélder nos deixou em 27 de agosto de 1999. Segundo um dos voluntários que lá trabalhava, o religioso foi vítima de uma parada cardiorrespiratória enquanto dormia.
Direto da Redação: Tânia Lima
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