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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Pacientes da Cirurgia Pediátrica do HC se divertem com filmes às quartas-feiras

Iniciativa de médicos e demais membros da equipe do setor traz alegria e acolhimento para crianças e familiares
 

Já imaginou curtir um filme com pipoquinha enquanto aguarda atendimento no hospital? É o que algumas crianças estão tendo a oportunidade de fazer no Ambulatório de Cirurgia Pediátrica, no 2º andar do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Elas se divertem no “Cineminha HC das Quartas-Feiras”, idealizado pelos cirurgiões pediátricos Adnéa Siqueira e Niedson Cavalcante, que começa a partir das 13h, no auditório do ambulatório.
 
Após a realização das cirurgias durante a manhã, Adnéa e Niedson preparam o ambiente para receber os pacientes e seus acompanhantes no atendimento da tarde. As crianças (25, em média) assistem aos filmes escolhidos pela equipe (mas aberta a sugestões dos pacientes) e ainda têm pipoca salgada ou doce para escolher. Em algumas ocasiões, também há distribuição de chocolates e outras iguarias, advindos de doações de amigos da equipe. “No Dia das Crianças, por exemplo, houve doação de bolo de pote, recheados, refrigerantes, além de pipocas e chocolates. Cada criança recebeu uma sacolinha com doces e mais guloseimas”, conta Adnéa Siqueira.
 
A ideia de fazer o Cineminha começou em agosto deste ano e os recursos para executá-lo são todos próprios da equipe do ambulatório. O projetor foi contribuição de Niedson. Os cartazes são desenhados pela auxiliar de enfermagem Renata Alves. O custo com as pipocas e demais lanchinhos sai dos bolsos de toda a equipe.
 
“Essa ideia é fruto do coletivo. A gente não consegue transformar e fazer nada sozinho. O mérito não é apenas meu e de Niedson, é de todo mundo que comprou essa ideia. Temos ajuda vinda de muitas pessoas: estudantes da liga de cirurgia pediátrica da UFPE, residentes de pediatria e cirurgia pediátrica e equipe de enfermagem, além de Neli, responsável por deixar a sala limpa após a sessão”, explica a médica.
 
Arte que faz diferença

Elífaz Holanda, de 8 anos, paciente do HC desde os seis meses de vida, já é fã do Cineminha. Era o primeiro da fila para entrar no auditório. Portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA), ele gosta muito dos filmes que tem oportunidade de ver no HC. “O Cineminha impactou muito bem na vida do meu filho. Ele fica muito agitado [antes da consulta], então já é uma distração”, comentou a mãe de Elífaz e dona de casa, Eliata Holanda. E sobre a importância de uma atividade como essa dentro do hospital, ela afirmou: “Muito importante. Faz diferença na minha vida e na de meu filho”.
 
Medicina com amor

Além do Cineminha, a equipe ainda faz outras pequenas ações para acolher as crianças, como usar um “projetor de nebulosa”, um tipo de brinquedo que projeta imagens que lembram o espaço sideral, para entreter e relaxar os pacientes durante a consulta. Um quadro sensorial com objetos que são usados no bloco cirúrgico, para criar familiaridade e previsibilidade às crianças que serão submetidas à cirurgia. Brinquedos no consultório, para deixarem as crianças livres enquanto os médicos estão conversando com as mães sobre a consulta. Para este Natal, Adnéa e Niedson estão organizando uma doação de brinquedos para os pacientes da pediatria do HC. São várias iniciativas que se somam para oferecer um tratamento humanizado e atencioso, tantos para os pacientes como para seus acompanhantes.
 
“Eu fiz medicina realmente por amor, por acreditar que tenho a obrigação de transformar a vida dos pacientes. O hospital em si é um ambiente pouco acolhedor para os pequenos. Está associado a momentos tristes, como a aplicação de medicamentos injetáveis, internamentos dolorosos e por vezes traumáticos, fazendo com que a experiência em saúde não seja agradável”, diz Adnéa. Ela cita o exemplo de um paciente com TEA, que sempre apresentava resistência para entrar no consultório. “Em uma dessas vezes, ele entrou em crise sensorial, mas felizmente conseguimos acalmá-lo, oferecendo um ambiente calmo, acolhedor e empático”, explica. Segundo a médica, depois disso, a criança percebeu que o hospital não é esse ambiente ruim, que pode ser divertido. “Acho que temos que transformar o hospital em algo lúdico. A criança e sua família não podem ter medo de vir”, completa.
 
Sobre a Ebserh

O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.


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