Um cronista das emoções humanas e um artista que desafiou preconceitos
“Olha, vê quanta tristeza faz a tua ausência, faz o teu
adeus. Olha como estou sofrendo, morto vou vivendo...”, é o que diz a letra da
música “Sua Ausência”, composta e lançada por Reginaldo Rossi em 2005. Esta
obra parece que antevia o sentimento de tristeza e abandono dos súditos do rei do
Brega. Reginaldo Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Reginaldo Rossi, que
nasceu em 14 de fevereiro de 1944, e morreu em 20/12/2013 no Recife.
Mesmo após 11 anos de sua
partida, Reginaldo Rossi, deixou um legado musical que transcende gerações e
continua a ressoar com o público até hoje. Sua capacidade de capturar as
emoções humanas em suas canções fez com que sua obra permanecesse relevante e
atemporal. Um exemplo emblemático dessa característica é a música "Garçom",
lançada também em 2005. Reginaldo deixou um legado duradouro e importante na
música brasileira.
Carreira e Influência
Reginaldo começou sua carreira
artística em 1964, comandando o grupo de rock The Silver Jets e,
posteriormente, integrando-se à Jovem Guarda. No entanto, foi ao abraçar os
ritmos e temas populares que Reginaldo encontrou seu lugar definitivo na
história da música brasileira. Suas canções, como "O Pão" (1966), “A Raposa
e as Uvas” (1982) e "Garçom" (1987), misturavam irreverência e
crítica social, refletindo as emoções e desafios do povo.
Ao longo dos anos 1970 e 1980, Reginaldo transformou o
brega, um gênero muitas vezes visto como menor, em um símbolo de resistência
cultural. Ele defendia que o gênero era um reflexo autêntico da vida cotidiana
e disse: "Eu canto o que o povo sente, e é isso que importa"., pontuou
o rei. A transformação do brega se tornou mais evidente.
Nos últimos anos de sua vida,
Reginaldo enfrentou um câncer de pulmão, mas nunca perdeu o bom humor ou a
conexão com seus fãs, que ele carinhosamente chamava de "minha família
musical". Reginaldo Rossi faleceu em 20 de dezembro de 2013, aos 69 anos,
no, Recife. O cantor estava internado na UTI do Hospital Memorial São José em
decorrência de um câncer no pulmão, mas não resistiu ao tratamento. A família, os
amigos e os fãs ficaram muito abalados com a notícia. Na época, a família
confirmou que Reginaldo era fumante por mais de 50 anos, que foi internado com
fortes dores no tórax, nas costas e muita tosse. Reginaldo estudou engenharia,
foi professor de matemática e física. Seu legado continua vivo, não apenas como
o rei do Brega, mas como um cronista das emoções humanas e um artista que
desafiou preconceitos.
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