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segunda-feira, 17 de março de 2025

Mulheres in Tech celebram a formatura da 17ª turma e ampliam oportunidades na tecnologia

Projeto capacita mais de duas mil mulheres anualmente para o mercado de tecnologia. Desde 2024, iniciativa conta com o apoio do Serpro por meio do Programa Agora

Alunas residentes em Recife celebraram a formatura da 17ª turma do Mulheres in Tech

Na última terça-feira, 11 de março, as alunas residentes em Recife celebraram a formatura da 17ª turma do Mulheres in Tech (MIT), iniciativa da Fly Educação que tem impactado a vida de mulheres no Norte e Nordeste, oferecendo formação em tecnologia e ampliando perspectivas de carreira. Desde 2024, o projeto conta com apoio financeiro do Serpro, por meio do Programa Agora, garantindo benefícios como auxílio financeiro e alimentação para as alunas. O evento ocorreu no Porto Digital, importante polo de inovação da cidade, marcando mais um passo na transformação de carreiras femininas no setor.

Loyanne Salles, superintendente de Comunicação, Marketing e Responsabilidade Social do Serpro, destacou a satisfação em ver o MIT concluir a primeira turma com apoio da empresa. “Essa turma de 50 alunas inaugurou o Programa Agora 2M, sendo o primeiro projeto selecionado a operar com esse modelo de investimento social da empresa”, disse. “No primeiro ano, foram selecionados quatro projetos, dentre 160 inscritos, e a Fly se destacou por sua estrutura robusta capaz de implementar iniciativas com excelência. Ela foi a primeira organização a concluir uma formação com grande compromisso, evidenciada pelo acompanhamento da empregabilidade dos participantes, o que demonstra seu foco nos resultados”, complementou Regina Faria, gerente de Responsabilidade Social do Serpro.Alejandra e Ana Cláudia (embaixo); Atena e Clarice (em cima)

A fundadora e diretora Educativa da Fly Educação, Alejandra Yacovodonato, destacou a importância da iniciativa na democratização do acesso à tecnologia. “Este projeto é a realização de um sonho, agora mais possível graças ao apoio do Serpro. Nossa missão é reduzir desigualdades e criar oportunidades para mais mulheres que ingressem no setor”, afirmou. Alejandra fundou a ONG em 2014, poucos meses depois de desembarcar em São Paulo, após emigrar da crise humanitária da Venezuela. Dez anos se passaram e os números comprovaram o impacto da iniciativa. Em 2023, o MIT beneficiou 2 mil participantes e, em 2024, ampliou esse alcance para 2,5 mil mulheres. A expectativa da fundadora para os próximos anos é que o programa forme 10 mil mulheres anualmente.

Impacto social e empregabilidade

Além de capacitar, o projeto gerou oportunidades concretas no mercado de trabalho. Segundo dados da ONG, 71% dos participantes que concluíram o curso conseguiram emprego na área de tecnologia. Entre as egressas, 23% foram promovidas de três a cinco cargos, 13% subiram de cinco a sete cargos e 2% já ocuparam cargos de liderança.

Outro destaque é o impacto econômico direto fornecido pela capacitação. “Somando os avanços conquistados por essas mulheres após a formação, chegamos a um total de R$ 5 milhões – o equivalente a US$ 1 milhão – injetados diretamente na economia delas e de suas famílias”, ressaltou Alejandra.

Transformação pessoal e profissional

O MIT não se limita à formação técnica, mas também fortalece habilidades socioemocionais e amplia redes de contato entre os participantes. Ana Cláudia Nascimento, formanda e oradora da 17ª turma, celebrou a oportunidade de se preparar para o setor. “Estar aqui hoje, conhecendo outros participantes e fortalecendo meu emocional para enfrentar os desafios dessa área, é um sonho realizado”, afirmou.

A professora socioemocional da Fly Educação, Atena Magalhães, que está no projeto desde setembro do ano passado, coincide com sua experiência: “A troca entre alunas e professores é muito rica. Levamos nosso conhecimento e, ao mesmo tempo, aprendendo com as histórias diversas das alunas, o que enriquece a teoria e a prática. Esse trabalho não só oferece um aprendizado diferente, mas também nos permite atuar de forma colaborativa com uma grande comunidade de mulheres que busca transformar a realidade delas na própria vida e no mercado de trabalho”, declarou a professora, que é assistente social de formação.

A coordenadora de projetos da Fly Educação, Clarice Carvalho, ressaltou o impacto do apoio do Serpro na viabilização da formação. “Esta edição foi especial, pois conseguimos oferecer, além do curso gratuito, ajuda financeira e alimentação aos participantes, incentivando ainda mais sua jornada na tecnologia”, destacou. Segundo ela, o curso focado em front-end proporcionou alto engajamento com uma formação desenvolvida, preparando as alunas para os desafios do mercado. “Estamos muito felizes com os resultados e com a parceria, que foi essencial para o sucesso dessa iniciativa”, concluiu Clarice.

Caminhos para o mercado

Maria Eduarda Pereira, uma das egressas da turma, expressou sua gratidão pela experiência e esperança pelo futuro. “Eu já estudei programação, mas me senti perdida sobre como ingressar no mercado. O curso da Fly foi essencial para mim dar essa perspectiva e entender os passos necessários para fazer acontecer”, disse. Agora, ela se sente preparada para buscar uma vaga na área. “Sei que não será fácil, como nada é, mas confio nas minhas competências e tenho boas expectativas para o meu futuro na tecnologia”, declarou.Alejandra, Maria Eduarda, Atena e Clarice

Além da formação técnica, o curso abordou estratégias essenciais para inserção no mercado. Luana Miranda, que fez parte do banco avaliou os projetos das formandas, enfatizou a importância da persistência e do realismo na busca por oportunidades. “O primeiro passo foi dado com a conclusão do curso. Agora é essencial revisar perfis no LinkedIn, participar de workshops e compartilhar conteúdos atualizados para se destacar diante dos recrutadores”, explicou.

Luana também reforçou a relevância do networking. “Conectar-se com profissionais da área e buscar mentoria passos são fundamentais. No início, pode ser útil acompanhar um desenvolvedor inspirado e, com o tempo, novas oportunidades surgirão. O importante é não ter vergonha de pedir ajuda”, acrescentou.

Expansão e perspectivas futuras

Com números expressivos e um impacto social significativo, Alejandra projeta um futuro promissor para o MIT. “Nosso sonho de longo prazo é transformar esses resultados em políticas públicas que beneficiem não apenas o Brasil, mas toda a América Latina”, afirmou. “No Agora, o Serpro valoriza parcerias como essa, que busca transformar vidas e gerar impacto real na sociedade. É emocionante ver como essas ações podem gerar mudanças significativas e trazer esperança para um mundo melhor”, conclui Regina Faria.

Ágora

O Programa Agora, lançado pelo Serpro em 2023, tem como objetivo promover a inclusão sociodigital de grupos minorizados por meio de investimentos em tecnologia e educação. Dividido em duas frentes, o “Agora 3T” apoia projetos voltados para pessoas trans e travestis, oferecendo capacitação em TI e empreendedorismo digital, enquanto o “Agora 2M” busca incluir mulheres de grupos vulneráveis, como negras, indígenas e quilombolas, no setor tecnológico. O primeiro edital destinou R$ 1 milhão para iniciativas sociais, impactando diversas comunidades. Além disso, em 2024, o Serpro expandiu suas ações com projetos como o Hub Serpro, incentivando a participação feminina nos eSports.

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