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terça-feira, 1 de julho de 2025

Além do glamour: valorização do ouro impulsiona compra de joias como investimento

Onça-troy supera US$ 3.440 e já acumula alta de cerca de 30% no ano com investidores em busca de proteção. Peças colecionáveis tem maior valorização por conta do design e escassez de ativos

A alta consistente do ouro nas bolsas internacionais, fruto tanto das incertezas geopolíticas quanto da busca por ativos considerados portos-seguro, vem aumentando o interesse pelas joias como alternativa de investimento. A procura se verifica nas joalherias, nas plataformas especializadas e nas casas de leilão, enquanto peças vintage, raras ou de coleções especiais vêm sendo ainda mais valorizadas pelas mesmas condições que estão aumentando o preço do metal.

O contrato para venda do ouro em agosto superou US$ 3.440 por onça-troy (o equivalente a 31,1 gramas) na última sexta-feira, 13 de junho. A demanda pelo metal se intensificou nas últimas semanas, principalmente após o bombardeio do Irã por Israel, aumentando o interesse dos investidores naquilo que é percebido como um ativo seguro.  Ainda assim, essa é uma tendência que já se formava. A cotação do ouro apresenta uma alta acumulada de 30% em 2025 e, desde julho de 2020, já se valorizou em 90%, sendo um dos ativos que melhor performaram neste período de instabilidade geopolítica.

“A valorização consistente do ouro nas bolsas internacionais, fruto tanto das incertezas geopolíticas quanto da busca por ativos considerados refugos, tem levado ao interesse pelas joias como alternativa de investimento”, destaca Lilian Marques, CEO da Front Row, maior reseller de produtos de moda de alto padrão para o público feminino, especializado em bolsas Hermès, joias e relógios. Ela lembra que as peças vintage estão ainda mais valorizadas e demandadas exatamente pela escassez.

“Diferente de um certificado ou um ativo puramente digital, uma joia é um bem tangível que conserva seu valor ao longo do tempo e ainda proporciona prazer estético, sendo um objeto de arte que atravessa gerações”, ressalta. Com um histórico multimilenar como um dos ativos de maior confiança, o ouro também é considerado um escudo contra a inflação, sendo capaz de se valorizar nas crises, enquanto outros ativos perdem o seu poder de compra. Outra questão que atrai tanto investidores quanto colecionadores é a possibilidade de revender facilmente as peças. “Esse fator aumenta a liquidez do negócio tudo junto a um apelo emocional, já que cada joia revela uma história, um estilo ou um momento importante na vida de quem a adquire”, diz.

No Brasil, o mercado de joias atingiu US$ 3,15 bilhões em 2024 e deve crescer para US$ 3,70 bilhões até 2033 (CAGR de 1,7%), segundo dados do relatório Mercado de joias no Brasil: tamanho, participação, tendências e previsão por tipo, canal de distribuição, categoria e região, 2025-2033, produzido pela consultoria global Imarc. “Joias em ouro se destacam como instrumentos de diversificação, pois combinam valor intrínseco e liquidez, podendo ser convertidas com rapidez. Além disso, há o apelo emocional e o desejo em adquirir peças únicas e exclusivas”, lembra Lilian ao citar a valorização da Alhambra, cujo preço em euro registrou alta de 17,3% nos últimos 3 anos.

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