Pernambuco conta atualmente com cerca de 590 barragens, sendo 139 operadas pela Compesa, responsáveis por funções estratégicas como abastecimento de água, irrigação, geração de energia e controle de cheias. Essas estruturas são consideradas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do estado, sobretudo diante das condições do clima semiárido que predomina em grande parte do território pernambucano.
A manutenção das barragens é um fator determinante para a segurança e o bom funcionamento dessas estruturas. O processo envolve desde inspeções periódicas e reparos em concreto até o reforço de taludes, limpeza de canais e instalação de sistemas de drenagem e instrumentação capazes de detectar falhas antecipadamente.
Para Nyadja Menezes, engenheira civil, Doutora em Recursos Hídricos e docente do UniFavip Wyden, a prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir riscos. “A manutenção adequada é fundamental para evitar acidentes e desastres, como rupturas ou vazamentos, que podem causar graves prejuízos ambientais, sociais e econômicos”, ressalta.
Entre os principais problemas registrados nas barragens pernambucanas estão infiltrações, fissuras, corrosão de peças metálicas, acúmulo de sedimentos e presença de vegetação em áreas de proteção. A ausência de manutenção regular e falhas na drenagem são fatores que ampliam a vulnerabilidade dessas estruturas.
As soluções vão desde ações de reforço estrutural e desassoreamento até a substituição de componentes danificados e a instalação de sistemas modernos de monitoramento. A capacitação de equipes técnicas e o uso de novas tecnologias, como drones e sensores, também são considerados essenciais.
Segundo Menezes, é preciso encarar a questão como prioridade de gestão pública: “Investir em inspeções regulares, ações corretivas e modernização dos sistemas de monitoramento é a melhor estratégia para garantir a longevidade das barragens e a segurança da população”, conclui.
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