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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Artista do Agreste Pernambucano representará o estado no 6º Fórum Nacional dos Pontos de Cultura

A Associação das Mulheres Nazaré da Mata (AMUNAM), em Pernambuco, é eleita para representar o estado no Fórum Nacional dos Pontos de Cultura que acontecerá no próximo ano em Aracruz, no Espírito Santo.

O Fórum também conhecido como Teia Nacional é o principal encontro da rede cultural viva no Brasil. Um espaço autônomo e representativo para discutir, planejar e fortalecer as políticas públicas de cultura de base comunitária.


Quem vai representar a AMUNAM no evento é Lucicleide Maria da Silva, 39 anos, musicista, concorreu com 38 candidatas e ficou em segundo lugar das seis vagas disponíveis para o estado. Ela será uma das delegadas da Mata Norte, onde estará defendendo propostas em prol das ações dos Pontos e Pontões de Cultura, reafirmando a importância da valorização dos fazedores de cultura dos territórios.

Segundo Lucicleide, são 38 anos de luta, fazendo cultura e impactando as mulheres e seus familiares. "Ao longo desses 38 anos de luta da AMUNAM, é possível perceber mudanças significativas, especialmente nas mulheres. Hoje elas estão mais empoderadas, conscientes e com desejo de ocupar mais espaços de decisão e protagonizar suas próprias histórias. O mesmo acontece com os fazedores de cultura, que passaram a se reconhecer como sujeitos fundamentais na preservação e no fortalecimento da cultura popular", destacou a artista.

Lucicleide é musicista do primeiro e único Maracatu Feminino de Baque Solto do Brasil e do Mundo, o Maracatu Coração Nazareno. De acordo com a artista, o trabalho une tradição, inovação, identidade e luta por igualdade. “A cultura que faço e defendo na minha região está diretamente ligada à cultura popular, como maracatu rural de baque solto, a ciranda, o coco, entre outras expressões. Nosso trabalho une tradição, inovação, identidade e a luta por igualdade de gênero dentro da cultura popular”, frisou.

A musicista ainda ressalta que ainda tem muito que avançar e que está conquista é o primeiro passo para o reconhecimento dos fazedores de cultura. "Sabemos que as mulheres ainda têm muito que avançar. Esperamos por 38 anos para o reconhecimento do nosso trabalho, esse é só o primeiro passo para mostrarmos o trabalho das mulheres pernambucanas para o mundo", afirmou a artista.

Para a fazedora de cultura sua trajetória é inspiração para outras mulheres, mas também toda essa conquista faz parte de uma caminhada coletiva. “Me vejo como inspiração para as outras mulheres, não por estar sozinha, mas por fazer parte de uma caminhada coletiva. Acredito que quando uma mulher ocupa espaços historicamente negados, ela abre caminhos para muitas outras. Minha trajetória mostra que é possível resistir, transformar realidades e construir um futuro onde as mulheres sejam reconhecidas, respeitadas e valorizadas na cultura e na sociedade”, finalizou Lucicleide.

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