Com palestras gratuitas, a Prefeitura do Carpina realizou
o I Workshop do Transtorno do Espectro Autista (TEA) do município. O encontro
lotou o auditório da instituição onde estudantes profissionais de saúde,
educadores e um grande público prestigiou o momento de elucidação sobre o tema.
A realização do evento culminou com o Dia Mundial de Conscientização do
Autismo, também comemorado nesta segunda-feira (02).
O workshop teve como objetivo disseminar informações
sobre o universo autista, contribuindo para uma melhor percepção quanto a
inclusão de portadores de TEA no contexto social. “Esse foi o primeiro evento
voltado aos autistas em Carpina. Temos hoje uma boa quantidade de crianças
portadoras desse transtorno que são tratadas dentro do município e vimos a
necessidade de realizar um projeto de conscientização envolvendo a sociedade,
trazendo o autismo para fora das casas e mostrando que é possível conviver com ele”,
disse a Secretária de Saúde de Carpina, Jacilene Silva.
Com o tema “Autismo: Quando Você Compreende as Peças se
Encaixam”, diversos aspectos foram exibidos durante as palestras. Do
comportamento à alimentação, os presentes mergulharam em um mundo novo, que por
vezes pode parecer solitário, levando até o indivíduo ao isolamento social.
“Lidar com alguém, principalmente com uma criança autista, não é fácil se você
não tem conhecimento sobre o assunto. O autismo foi descoberto recentemente. A
identificação do transtorno pode ser feita logo cedo com sinais como movimentos
repetitivos, repulso ao toque, não conseguir interagir com outras crianças,
entre outros. Na suspeita de que a criança tenha o problema um profissional
deve ser procurado”, afirmou Jessica Amorim, Psicóloga da Secretaria de Saúde
do Carpina.
Segundo Marília Natália, que é mãe de uma criança
portadora de autismo, os sintomas apareceram no início do desenvolvimento do
bebê. Já nos primeiros meses sua filha não se adaptava à relação com outras
pessoas fora do círculo familiar e tinha problemas para dormir. “Quando ela
completou seis meses de idade ela começou a ter uma agitação fora do normal.
Sempre olhando as mãozinhas, chorava muito em ambiente com estranhos e
principalmente demorou muito para andar e falar. Foi assim que decidimos
procurar um médico, sendo detectado o autismo. Hoje ela está com dois anos
fazendo tratamento e tendo melhoras significativas”, afirmou.
O tratamento do Transtorno do Espectro Autista exige um
trabalho multidisciplinar com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais e demais áreas que assistem ao desenvolvimento cognitivo da
criança. Dependendo do grau e resultados do tratamento, um autista pode ter uma
vida como a de qualquer pessoa, compreendendo o seu lugar no mundo.
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