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terça-feira, 3 de abril de 2018

Debate sobre autismo em Carpina




Com palestras gratuitas, a Prefeitura do Carpina realizou o I Workshop do Transtorno do Espectro Autista (TEA) do município. O encontro lotou o auditório da instituição onde estudantes profissionais de saúde, educadores e um grande público prestigiou o momento de elucidação sobre o tema. A realização do evento culminou com o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, também comemorado nesta segunda-feira (02).


O workshop teve como objetivo disseminar informações sobre o universo autista, contribuindo para uma melhor percepção quanto a inclusão de portadores de TEA no contexto social. “Esse foi o primeiro evento voltado aos autistas em Carpina. Temos hoje uma boa quantidade de crianças portadoras desse transtorno que são tratadas dentro do município e vimos a necessidade de realizar um projeto de conscientização envolvendo a sociedade, trazendo o autismo para fora das casas e mostrando que é possível conviver com ele”, disse a Secretária de Saúde de Carpina, Jacilene Silva.


Com o tema “Autismo: Quando Você Compreende as Peças se Encaixam”, diversos aspectos foram exibidos durante as palestras. Do comportamento à alimentação, os presentes mergulharam em um mundo novo, que por vezes pode parecer solitário, levando até o indivíduo ao isolamento social. “Lidar com alguém, principalmente com uma criança autista, não é fácil se você não tem conhecimento sobre o assunto. O autismo foi descoberto recentemente. A identificação do transtorno pode ser feita logo cedo com sinais como movimentos repetitivos, repulso ao toque, não conseguir interagir com outras crianças, entre outros. Na suspeita de que a criança tenha o problema um profissional deve ser procurado”, afirmou Jessica Amorim, Psicóloga da Secretaria de Saúde do Carpina.

Segundo Marília Natália, que é mãe de uma criança portadora de autismo, os sintomas apareceram no início do desenvolvimento do bebê. Já nos primeiros meses sua filha não se adaptava à relação com outras pessoas fora do círculo familiar e tinha problemas para dormir. “Quando ela completou seis meses de idade ela começou a ter uma agitação fora do normal. Sempre olhando as mãozinhas, chorava muito em ambiente com estranhos e principalmente demorou muito para andar e falar. Foi assim que decidimos procurar um médico, sendo detectado o autismo. Hoje ela está com dois anos fazendo tratamento e tendo melhoras significativas”, afirmou.


O tratamento do Transtorno do Espectro Autista exige um trabalho multidisciplinar com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e demais áreas que assistem ao desenvolvimento cognitivo da criança. Dependendo do grau e resultados do tratamento, um autista pode ter uma vida como a de qualquer pessoa, compreendendo o seu lugar no mundo.

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