Imagem | Valdenes Guilherme (Divulgação) |
Na tarde desta quinta-feira (23) foi lido o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou as contas e os relatórios do Fundo de Previdência dos Servidores Municipais de Limoeiro (LIMOPREV). Foram mais de cinco meses de trabalho, entre análises de extratos bancários e relatórios previdenciários, além de 48 depoimentos. A CPI concluiu que deixou de ser repassado dentro do prazo legal aos cofres do LIMOPREV, o montante de R$ 9.177.04,11 referente ao patronal e R$ 3.563.409,87 do servidor. Esses valores correspondem ao período de setembro de 2011, quando o fundo foi criado, até dezembro de 2017. O mesmo valor passou por parcelamentos e reparcelamentos junto a Previdência Social nas gestões dos prefeitos Ricardo Teobaldo (Podemos), Thiago Cavalcanti (PTB) e João Luís (PSB).
A CPI também cita, além dos três prefeitos, os secretários de Finanças Ana Guerra, Dioclécio Barbosa, Neto Siqueira e Júnior França, e os ex-gestores do LIMOPREV Lauro Bandeira e Assis Pedrosa como corresponsáveis pelas falhas detectadas. Ao final da leitura realizada pelo relator vereador Marcos Sérgio, o relatório foi aplaudido pelo público e aprovado por unamidade. Todos os parlamentares compareceram a sessão. Os vereadores Luís Antônio (PTB) e Batalha dos Mendes (PSB) se posicionaram contrários a alguns trechos da conclusão, quando o relator expressou, sem citar nomes, que alguns intimados utilizaram o momento do depoimento como palanque político, chegando a afirmar ainda que a oitiva se transformou em um picadeiro de circo. Mesmo assim, os dois vereadores votaram pela aprovação.
Segundo a leitura do relator, o que ficou sem resposta durante a CPI foi a comprovação do "documento" do Ministério da Previdência que teria justificado a ordem para que o pagamento do parcelamento feito em dezembro de 2016 não continuasse, dito pelo prefeito João Luís. Até o fechamento do relatório, essa recomendação, através de documento oficial, não foi apresentada. O presidente da CPI do LIMOPREV, vereador José Higino, classificou como positivo o trabalho e detalhou as falhas cometidas pelos gestores, de acordo com a análise da comissão. Ele explicou que o não recolhimento dentro do prazo legal evitou investimentos em contas de aplicação, o que deixou de gerar juros aos cofres do fundo previdenciário.
Fonte: Blog do Agreste
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