Neste domingo, 14 de outubro, na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco canoniza o Papa Paulo VI (1897-1978) e o arcebispo de El Salvador, dom Oscar Romero (1917-1980). Na cerimônia, também será canonizada a freira espanhola Nazaria Ignacia March Mesa (1889-1943), que passou a maior parte da sua vida na Bolívia e fundou o Instituto das Missionárias Cruzadas, hoje presentes em 20 países, sobretudo da América Latina. Ainda vão entrar no Livro dos Santos os padres italianos Francesco Spinelli (1853-1913), fundador dos Adoradores do Santíssimo Sacramento, Vincenzo Romano (1751-1831), a alemã Maria Catalina Kasper (1820-1898), fundadora das Pobre Servas de Jesus Cristo e Núncio Sulprizio (1817-1836).
Paulo VI
Papa Paulo VI foi beatificado pelo Papa Francisco em outubro de 2014. Entre outras coisas, é reconhecido como autor da encíclica Humanae Vitae, documento que teve um marco histórico na defesa da vida desde a concepção, cuja publicação completa 50 anos em 2018.
Foi também por meio de Paulo VI que a Catedral de Brasília recebeu uma grande contribuição, ainda na época de sua construção. O Altar todo em mármore de Carrara que se encontra na nave central do templo foi uma doação do Pontífice.
A cura de uma bebê no ventre da sua mãe é o milagre que permite a canonização do Beato Paulo VI. A protagonista do milagre é Amanda, uma menina que nasceu em 25 de dezembro de 2014, apesar de uma gravidez complicada, na qual era difícil que a bebê sobrevivesse, segundo afirmavam os médicos.
Em dezembro do ano passado, o semanário da Diocese de Brescia, ‘La Voce del Popolo’, havia divulgado algumas informações sobre esta cura.
“O milagre atribuído à intercessão de Giovanni Battista Montini é a cura de um feto, no quinto mês da gestação”, que “foi aprovado em 2014”.
Segundo explicou o semanário, “a gestante, da província de Verona, corria o risco de abortar devido a uma patologia que comprometia a vida da criança e da mãe”.
Entretanto, alguns dias depois de Paulo VI ser beatificado, a mãe visitou o Santuário delle Grazie, em Brescia (Itália), lugar onde os devotos do Papa Montini costumam ir.
Assim, sem uma possível explicação médica, a menina nasceu em 25 de dezembro de 2014, com boas condições de saúde.
Dom Oscar Romero
Dom Oscar Romero nasceu em Ciudad Barrios, em El Salvador no dia 15 de agosto de 1917. Foi nomeado Arcebispo de San Salvador pelo Papa Paulo VI em 1977. O seu governo pastoral se destacou pela defesa dos direitos humanos, em meio ao começo de uma guerra civil entre a guerrilha de esquerda e o governo ditatorial de direita.
Em 24 de março de 1980, Dom Romero morreu mártir por ódio à fé. Em 3 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco reconheceu seu martírio e foi beatificado no dia 25 de maio do mesmo ano pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em San Salvador.
A cura inexplicável de uma mulher grávida é o milagre aprovado que permite declarar santo o Arcebispo de San Salvador.
Trata-se de uma mulher salvadorenha com uma doença terminal e “condenada a morrer”, mas que foi curada e deu à luz a um bebê saudável.
Em declarações à AP, Dom Vincenzo Paglia, postulador da causa da canonização de Dom Óscar Romero, contou que o esposo da mulher começou a pedir a intercessão de Dom Romero em 24 de maio de 2015, dia da beatificação do Arcebispo em San Salvador.
Por volta do final de agosto e início de setembro, a saúde da sua esposa piorou e os médicos realizaram a cesariana, com medo de que a criança pudesse morrer.
“Eles fizeram a cesariana e esperavam que ela morresse”, porque todos os exames indicavam que ela não iria sobreviver. Dom Paglia não especificou a doença. Indicou que os amigos também rezavam pela intercessão do beato “e depois de cinco dias, de maneira inexplicável, essa mulher começou a melhorar e se curou completamente”.
(Texto sobre os dois canonizados é de Kamila Aleixo, Arquidiocese de Brasília/DF)
Fonte CNBB
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