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sábado, 24 de agosto de 2019

Igreja Católica celebra o dia do Catequista



Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo
Na liturgia da Igreja Católica, no quarto domingo do mês de agosto, eleva-se um hino de louvor a Deus por todas as pessoas que dispõe de seus dons para as suas comunidades. Os dons, os carismas ou qualidades pessoais colocadas em comum tornam-se um ministério, um serviço para o bem comum, um serviço para a construção e o cuidado da comunidade social e eclesial. No capítulo 12 da primeira carta aos Coríntios São Paulo fala da diversidade de dons e ministérios. Eles são condição para formar uma comunidade e os relaciona com o corpo. O que faz o corpo humano são os diversos membros que se complementam, do mesmo modo uma comunidade existe e funciona pelo fato das pessoas colocarem em comum seus dons que passam a ser úteis para todos. Cada pessoa complementa a outra.
Nas comunidades católicas temos muitas pessoas que colocam seus dons a serviço dos outros realizando voluntariamente um ministério que faz um grande bem. Estas pessoas batizadas tem a alegria de se doarem aos outros realizando serviços de evangelização, de coordenação, de liturgia, de zelar pelo patrimônio, de organizar festas, etc. Entre estes serviços, está presente em todas elas, a catequese e suas catequistas e seus catequistas. Fazem parte de toda a história da Igreja. Por este mundo afora, são centenas de milhares de catequistas, somente na Arquidiocese de Passo Fundo são 2.411.  A vocês o reconhecimento, a homenagem e a bênção.
Catequistas, em primeiro lugar, são pessoas de fé. A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural que move o coração e o leva a Deus, abre os olhos da inteligência. Crer é um ato livre da inteligência que aceita as verdades reveladas, que aceita a Deus, adere, comunga e se deixa orientar por aquilo que aprendeu. Fé é confiar, é lançar-se nos braços de Deus revelado plenamente por Jesus Cristo e deixar-se conduzir por Ele.

Se catequistas são pessoas de fé nos encontros de catequese, não dão aula, não agem como professores, mas comunicam uma experiência e dão testemunho de uma fé que abrasa os corações, porque despertam o desejo de encontrar Cristo. Como está dito no Documento de Aparecida nº 18: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher”.
A fé produz nos catequistas familiaridades com Jesus Cristo. Ser familiar é estar junto, criar vínculo, escutar, partilhar. Desta proximidade amadurece o amor a Deus e ao próximo. O dinamismo do amor é abrir-se aos outros, sair de si, ir e encontrar-se com os outros. Catequistas vão ao encontro da comunidade para encontrar crianças, jovens e adultos e passar um tempo com eles partilhando o que aprenderam e vivenciaram na convivência com Jesus Cristo. É doar-se, sacrificar-se para o crescimento do catequizando.
Catequistas têm sede de Deus e da sua Palavra viva e eficaz. Alimentam-se diariamente da Palavra para depois colocar-se a serviço dela e comunicá-la com eficácia e credibilidade. Os catequizandos ao ouvirem a Palavra terão a oportunidade de descobrirem o amor de Deus que acompanha a história da humanidade e de cada pessoa. Perceberem que esta Palavra não fala de um passado longínquo, mas reflete o tempo contemporâneo. Anunciam a Palavra sem medo, pois estão ajudando a educar pessoas para se encontrarem com Deus, amarem o próximo, o mundo e de colaborarem na construção de um mundo de paz e amor.
 Fonte: CNBB

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