Evento foi transmitido pelo YouTube, das 10h às 13h30, em inglês, mas com tradução simultânea
A estudante Erirly Victória Ricarte de Andrade, que cursa Jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi selecionada para o seminário Diálogo Nobel no Brasil. Ela vai participar de uma mesa-redonda com May-Britt Moser, ganhadora do Nobel de Medicina de 2014, hoje. Quarenta estudantes de graduação e pós-graduação de todo o país terão a oportunidade de interagir, divididos em dois grupos, com Moser ou com Serge Haroche, Nobel de Física de 2012. No processo de seleção, foram recebidas mais de 170 indicações de 90 universidades públicas e privadas do Distrito Federal e de 23 Estados. O evento foi realizado dia 08/04 das 10h às 13h30, com transmissão pelo YouTube, em inglês, mas com tradução simultânea.
A atividade busca promover uma discussão sobre a importância da ciência para a sociedade e de políticas públicas baseadas no conhecimento científico, principalmente em tempos de crise. Antes das mesas-redondas, haverá uma palestra aberta ao público sobre o tema “O valor da ciência”. Os laureados serão acompanhados por Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e Helena Nader, copresidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências. A conversa será conduzida por Adam Smith, diretor científico da Nobel Prize Outreach, braço de comunicação da Fundação Nobel. O encontro é promovido pela ABC e pela Nobel Prize Outreach, em colaboração com o Instituto Serrapilheira.
Erirly teve sua candidatura submetida pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFPE – onde é bolsista e atua em projetos na área de línguas estrangeiras (inglês, espanhol, italiano e francês) com o professor Madson Diniz, diretor da DRI – e foi escolhida por meio de análise de currículo. Os estudantes selecionados, de todas as regiões do país, tiveram duas reuniões preparatórias, com as equipes da ABC e do Nobel, para tirar dúvidas e preparar as perguntas. Como a mesa-redonda de que Erirly vai participar é sobre neurologia, há vários alunos da área de saúde, mas também de outros cursos, para trazer perspectivas variadas.
A graduanda de Jornalismo espera melhorar como estudante e acadêmica ao ter a chance de conversar com alguém tão inspirador no campo científico. “É importante pois traz uma sensação de proximidade com vários nomes inspiradores. Neste cenário político de desmotivação, é uma boa dose de gás”, afirma.
“Em um cenário difícil como o que o mundo e, especialmente, o Brasil atravessa, me enche de esperança a riqueza e o potencial de futuro que vi representado nos estudantes de todo o país que participaram deste processo”, destaca Davidovich, presidente da ABC, sobre a seleção dos estudantes. “Infelizmente, não é possível incluir todos no encontro de 8 de abril, mas já decidimos pela organização de encontros similares, em datas a serem definidas, reunindo lideranças científicas nacionais e os estudantes que não foram selecionados para este evento inicial. Avalio ser este um dever nosso para com esta juventude que representa o futuro da Ciência brasileira”, complementa.
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