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quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Movimento negro e de periferias realizam ato na Câmara Municipal do Recife
Mobilização tem como proposta pedir um basta à discriminação racial, cultural e às religiões de matrizes africanas. Durante o encontro, também serão apresentadas ideias de melhorias à legislação, direitos individuais e coletivos da comunidade negra. Evento é aberto ao público e faz parte do Mês da Consciência Negra
O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que 54% da população brasileira é negra. Embora a representação desse público seja alta, o crime de racismo ainda é bastante praticado no país. Diante disso, povos de terreiros, ativistas, pesquisadores e representantes de comunidades negras periféricas participam, nesta terça-feira, 22, a partir das 15h, na Câmara Municipal do Recife, de uma reunião pública, cuja proposta é debater sobre legislação, direitos individuais e coletivos da comunidade negra. A ideia é que os participantes apresentem novas propostas que contribuam para políticas e serviços destinados a superar as desigualdades raciais. O projeto conta com apoio da Prefeitura do Recife, com Sistema de Incentivo a Cultura ( SIC). A iniciativa é da produtora cultural e proponente do projeto, Jaqueline Araújo. O evento acontece dentro das comemorações do Mês da Consciência Negra, em parceria com a programação da Terça Negra, União dos Negros Pela Igualdade Racial (UNEGRO) e do Movimento Negro Unificado (MNU).
A programação, aberta ao público, será terá a participação produtor-executivo do ato e representante da OSCIP Diálogos, Edilton Euclides de Lima; do Gerente de Igualdade Racial da Prefeitura do Recife, Marcelo Diniz; presidenta do Movimento Negro Unificado de Pernambuco, Marta Almeida; presidenta da UNEGRO - PE, Érika Waléria; presidenta da União de Negras e Negros Pela Igualdade, Elza Maria Torres da Silva; e da Mãe Elza de YEMỌJÁ, que atua junto à rede de articulação da Caminhada de Terreiros de Pernambuco. A sessão será presidida pela poetisa, escritora e ativista cultural, vereadora Cida Pedrosa (PCdoB). Este ano, o evento tem como tema central: “Os desafios do povo negro no contexto social.”
A expectativa da organização é que aproximadamente, cerca de cem pessoas participam da audiência. Quem não puder ir ao evento, poderá acompanhar a sessão, por meio da página oficial da Câmara, na internet. https://www.youtube.com/c/TVWebCMRecife "Nós precisamos unir esforços para refletir, debater e propor medidas urgentes, e necessária para nossa gente. É inaceitável que, em pleno século XXI, nós ainda vemos casos de pessoas violentadas porque alguém é contra sua cor, religião e cultura. Já passou da hora de darmos um basta a tudo isso. Afinal, somos herança dos povos tradicionais que carregamos a nossa própria história" diz Edilton Euclides de Lima, coordenador da ação.
Cortejo cultural
Após o ato na Câmara Municipal do Recife será realizado um cortejo em celebração à Consciência Negra. A concentração será em frente a escultura de Zumbi dos Palmares, localizada na Avenida Dantas Barreto (Pátio do Carmo), às 17hs, na região central da cidade. Na ocasião, os grupos de afoxés da capital pernambucana: Omô Nilê Ogunjá, Omin Sabá e Nação do Maracatu Porto Rico, farão uma saudação a Zumbi de Palmares, homenageando toda luta e resistência do povo negro. Em seguida, saem em caminhada pelo Pátio de São Pedro, no Bairro de Santo Antônio, no Recife. Ao final, a ação se soma às atividades da Terça Negra, evento de resistência afro, que acontece na cidade. Às 19h, acontece o show de encerramento com a participação especial de Valdi Afonjah e Isaar, recém-chegados de uma turnê na África e Moçambique.
Dia da Consciência Negra
No dia 20 de novembro, é comemorado o Dia Nacional do Zumbi e da Consciência Negra. A data é fruto de um projeto de Leiº nº 12.519, que foi oficializado em 10 de novembro de 2011. O dia é marcado pela morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Ele foi morto nesta data em 1695, por um grupo de bandeirantes. Durante sua trajetória, buscou lutar e resistir em prol do povo afro-brasileiro pela abolição dos negros escravizados no Brasil.
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