A Assembleia Geral Extraordinária dos Trabalhadores em Educação, realizada hoje (24), decidiu por suspender a greve que teria início nesta terça-feira, 25 de julho. A decisão foi tomada em decorrência da decisão liminar do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) concedida ao Governo do Estado, impondo multa de R$ 50 mil a R$ 1 milhão e possibilidade de desconto nos salários dos Trabalhadores em Educação que aderirem à greve. A assembleia foi realizada pelo Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação).
O Sintepe vai contestar a decisão judicial no processo e solicitar ao TJPE que faça a intermediação entre Sindicato e Governo, a fim de garantir diálogo franco até então ausente nas negociações. Também, em conjunto com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e demais entidades nacionais, o Sintepe pensará medidas gerais para garantir o direito de greve, consolidado na Constituição Federal. Ainda nesta semana, será protocolada no MPPE (Ministério Público de Pernambuco) uma ação em defesa do Plano de Cargos e Carreira da Educação, destruído pelo atual Governo.
"Essa ofensiva contra os trabalhadores e as trabalhadoras em educação revela o caráter autoritário e sem diálogo do Governo do Estado na relação com a categoria e compromete o direito à educação e à valorização profissional", disse Ivete Caetano, presidenta do Sintepe.
"Em mais uma ofensiva contra a educação, a pedido da PGE (Procuradoria Geral do Estado), hoje (24) à tarde haverá uma audiência no TJPE para julgamento da greve pela vida (2020), com ameaça de multa impagável, mais um movimento do Governo do Estado para estrangular a ação sindical reveladora dos desmandos desse governo", disse Ivete.
O Sindicato afirma que vai recrudescer a luta com mobilizações e ações articuladas com a comunidade escolar e os estudantes. Foi aprovada a criação de comitês permanentes com trabalhadores em educação e estudantes em todo o Estado de Pernambuco e campanhas de mídia em rádios, televisão e outdoors para denunciar o descaso com a educação pública e com os trabalhadores que fazem a escola funcionar.
CRÉDITO: Péricles Chagas/Sintepe
Crédito: Agência JCMazella/Sintepe
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