Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, em 2021, mais de 66 mil casos novos de câncer de mama foram estimados, com um risco de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Tendo em vista que o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, é preciso debater cada vez mais o tema. A campanha do Outubro Rosa vem para reforçar isso, tanto no lado físico da doença, quanto na parte emocional e psicológica.
Um estudo publicado no Jounal of Cancer Survivorship, mostra que muitas mulheres em tratamento para o câncer de mama são diagnosticadas com sintomas relevantes de ansiedade e/ou depressão.
“Devido acometer os seios, órgãos associado à feminilidade, à sexualidade e à maternidade, o câncer de mama tem um impacto direto na estrutura emocional e psicológico da mulher, pois influencia na sua autoestima”, destaca o psiquiatra João André Sampaio, com especialização no Hospital Albert Einsten, em São Paulo.
O médico especialista aponta ainda a importância de um acompanhamento amplo de apoio às mulheres diagnosticadas com a doença, como algo fundamental.
“O diagnóstico gera uma fragilidade emocional na mulher, devido à insegurança e ao receio de se ter a doença. Neste momento, o apoio da família, amigos e, claro, de um profissional que lide com o lado psicológico é essencial. Quando há um procedimento cirúrgico mutilatório é mais doloroso ainda para a mulher, por isso o acompanhamento psicológico é muito importante”, explica Sampaio.
Grupos de apoio emocional para compartilhamento de vivências e sentimentos, além de acompanhamento com psicólogo e psiquiatra, são ações que contribuem para amenizar o sofrimento psicoemocional.
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