A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido há 200 anos (1824) em Pernambuco, que defendia a implantação do regime republicano ante a monarquia de Dom Pedro I. Para comemorar o bicentenário desse importante marco histórico no Brasil, o Senado criou uma comissão temporária, presidida pela senadora pernambucana Teresa Leitão, para planejar e coordenar as celebrações.
O movimento antimonarquista foi iniciado em Pernambuco após o imperador destituir o presidente da província. Em 2 de julho de 1824, Manuel de Carvalho proclamou a Confederação do Equador, uma república constituída pelas províncias da Bahia até o Grão-Pará. Recebeu adesão de províncias próximas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Duramente combatida pelas tropas do imperador, a ação resultou na condenação de morte, por enforcamento, de 31 pessoas – entre elas, Frei Caneca. Outra personalidade reconhecida nesta luta foi a sertaneja Bárbara de Alencar, do município de Exu, bisavó do escritor José de Alencar.
Teresa Leitão analisa que “ A revolução Confederação do Equador foi um marco na história das lutas democráticas do Brasil. A Confederação simbolizou aspiração ao buscar a criação de uma República federativa, algo que um governo mais representativo e participativo na Região Nordeste, na qual diferentes estados puderam colaborar em um sistema de poder descentralizado. Esse espírito democrático de permitir que diferentes vozes fossem ouvidas ressoa até os dias atuais, reforçando a necessidade e a importância de marcarmos esse bicentenário com o envolvimento do Senado”.
Também integram a comissão os senadores pernambucanos Humberto Costa, do PT, e Fernando Dueire, do MDB, e a senadora Ana Paula Lobato, do PSB do Maranhão.
Foto: Mariana Leal
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