Na semana em que foi comemorado o Dia Nacional dos Direitos Humanos, no último dia 12 de agosto, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, visitou a Cozinha Comunitária Gurupé, situado no bairro de Afogados, no Recife. O equipamento, que foi requalificado pela Prefeitura do Recife em 2022, atua há 20 anos na localidade e oferta 200 almoços, diariamente, para a população em situação de vulnerabilidade social de Afogados e de bairros próximos. Almeida, ao lado da secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas do Recife, Ana Rita Suassuna, conversaram com usuários do equipamento e discutiram iniciativas para o fortalecimento de ações de direitos humanos, nesta quarta-feira (14)
“Acho que projetos como esse renovam a nossa esperança na política de cuidados no Brasil. Eles refletem o que deve ser uma política de direitos humanos. O projeto atende as necessidades das pessoas, por exemplo, que precisam comer, precisam se alimentar, mas, além disso, elas também encontram ali um lugar de cuidado, em que há todo um trabalho de acompanhamento, e há um trabalho para saber qual é a trajetória das pessoas. Então acho que é um modelo para o Brasil e que merece ser replicado”, declarou o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida.
A Cozinha Comunitária Gurupé foi resultado do Programa Fome Zero, do governo federal, e trata-se de uma parceria da Prefeitura do Recife com a associação de moradores. Além de ofertar a refeição no local, os usuários do equipamento criam vínculos pois também participam de atividades tais como formações sobre educação nutricional e direitos humanos. A gerência da cozinha é de responsabilidade da Secretaria Executiva da Assistência Social do Recife, que custeia os insumos para a preparação dos alimentos e a equipe multiprofissional, formada por 12 pessoas, que atua no local.
“Foi muito importante a visita do ministro hoje. Ele quer fazer uma conexão entre este serviço e o serviço que está sendo feito no Ministério junto às cozinhas solidárias”, comentou a secretária Ana Rita Suassuna. “O ministro Silvio Almeida conheceu a experiência do Recife, viu o que estamos fazendo, inclusive a interlocução com outras políticas como saúde e direitos humanos. Aqui também há formação dos trabalhadores. A cozinha não só oferta o alimento, mas sim faz uma articulação com toda a rede. E a equipe do Ministério ainda vai voltar aqui e se inspirar para o projeto nacional”, acrescentou a gestora.
A dona de casa Maria Rita Borges mora em Afogados e costuma almoçar na Cozinha Comunitária Gurupé desde a sua fundação. “Eu sempre venho aqui, sempre tem verduras, galinha assada, carne moída, macarrão, feijão, tudo o que eu gosto. As pessoas aqui nos atendem muito bem e eu já conheço todo mundo”, disse ela.
A Cozinha Comunitária Gurupé funciona na Rua Gurupé, nº 253, em Afogados. No local, as pessoas são atendidas das 8h às 16h e o almoço é servido entre 11h e 13h. O equipamento abre de segunda a sexta-feira, com exceção dos feriados oficiais.
ALIMENTAÇÃO - Somente neste ano de 2024, a Prefeitura do Recife já ofereceu quase 800 mil refeições às pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade e que frequentam os diversos equipamentos da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas. Em 2023, foram mais de 1 milhão.
Diariamente são oferecidas 1.700 refeições nos dois restaurantes populares do Recife. No Naíde Teodósio, em Santo Amaro, são 750 almoços, já no Josué de Castro, no bairro de São José, são 750 almoços e 200 jantares. O serviço nos restaurantes populares atuam com foco na segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social e garantem alimentação balanceada, com proteína e todos os nutrientes necessários. As pessoas que recebem as refeições nos restaurantes populares do Recife são previamente cadastradas e encaminhadas através da rede socioassistencial. Os dois restaurantes funcionam das 11h às 14h, e o Josué de Castro funciona também das 18h às 19h.
Além desses equipamentos, as refeições também são garantidas às pessoas em situação de vulnerabilidade que moram nas Casas de Acolhida gerenciadas pelas prefeituras. Ao todo, existem 14 unidades de alimentação que garantem as seis refeições diárias às pessoas em acolhimento institucional.
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