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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Primeira Conferência do Meio Ambiente de Fernando de Noronha discute soluções para emergências climáticas


A primeira Conferência do Meio Ambiente de Fernando de Noronha, realizada nesta terça-feira (14), na Erem Arquipélago, reuniu especialistas, autoridades locais, ambientalistas e a comunidade para discutir e desenvolver propostas de preservação e sustentabilidade na ilha, que serão apresentadas na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), marcada para maio de 2025, em Brasília.

Com o tema “Emergência climática – o desafio da transformação ecológica”, o evento debateu a agenda da mudança do clima sob a ótica de cinco eixos temáticos: Mitigação, Adaptação e Preparação a Desastres, Governança e Educação Ambiental, Justiça Climática e Transformação Ecológica.

“Estamos muito felizes de Noronha poder participar desse processo de construção de políticas públicas, tanto em Pernambuco quanto no Brasil. As propostas elaboradas no evento serão encaminhadas à Conferência Estadual e estamos confiantes de que algumas sugestões pensadas aqui cheguem à Conferência Nacional de Meio Ambiente”, disse o gerente de Meio Ambiente, Ramon Abelenda.

De acordo com a gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas), Lays Lima, o órgão está mobilizando todos os municípios do estado para participarem e realizarem suas conferências.

“É muito importante estarmos presentes para discutir o tema junto com a população da ilha, para que também a gente dê voz e vez à população e às necessidades de Noronha”, afirmou Lays.

Durante a conferência, os participantes debateram e elaboraram dez propostas, sendo duas para cada eixo temático. Elas serão encaminhadas para a etapa estadual. Além disso, foram eleitas duas pessoas, que representarão o distrito de Fernando de Noronha na conferência estadual. Esse encontro vai acontecer no Recife, no dia 13 de março. Os selecionados foram a bióloga Sandra Cadengue, e o ilhéu João Alison.

PROPOSTAS ELEITAS:

1- Mitigação: Criar instrumentos para incentivar o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas; e Ampliar e fortalecer os mecanismos que estimulem as parcerias público-privadas na implantação de ações voltadas à mitigação.

 2- Adaptação e Preparação a Desastres: Instruir comitês de estudos de regime de ondas em regiões costeiras vulneráveis, estabelecendo procedimentos adequados nos períodos críticos para evitar desastres; e Mapear, mediante ação direta do órgão ambiental, áreas com alto risco de incêndio para implementação de aceiros.

3- Justiça Climática: Elaborar o plano ou estudo de capacidade de carga para reduzir o impacto na comunidade causada pelo turismo predatório; e Garantir que o recurso da compensação ambiental seja destinado ao território de origem para criar estratégia de valorização e proteção das comunidades locais.

4- Transformação Ecológica: Estimular a geração de energia diversificada de forma complementar e de pequeno porte que se utilize na medida do possível de tecnologia nacional, tendo o setor público como exemplo na microgeração de emergência em prédios públicos e no transporte público; e Diversificar os modais de transporte público, buscando meios com pegada ecológica menor, como o ferroviário, VLT ou o marítimo.

5- Governança e Educação Ambiental: Criar incentivos legais e financeiros para implementação de programas de tecnologias de comunicação para educação ambiental inclusiva emancipatória e participativa; e Criar incentivos legais e financeiros para que os órgãos públicos e instituições privadas façam adesão aos programas e políticas ambientais do governo.

A gerente geral da Administração de Fernando de Noronha, Nathalie Mendonça; a superintendente de Infraestrutura, Obras e Meio Ambiente, Juliana Pernambuco; a gestora do ICMBio, Lilian Hangae, entre outros, estiveram presentes no evento.


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