Profissional explica as causas, como tratá-la e como prevenir
Abril é o mês em que se comemora o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, (26), que tem o objetivo de informar sobre o tratamento da doença e conscientizar a população sobre a importância da prevenção. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial afeta um em cada três adultos em todo o mundo e pode causar ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, danos renais e outros problemas de saúde.
Especialista em medicina interna e cardiologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), Andréa Lordsleem, explica que que a hipertensão arterial sistêmica é o aumento da pressão que se tem dentro das artérias que são os vasos que levam o oxigênio para os tecidos. “A gente tem dois tipos de hipertensão arterial sistêmica, primária que acomete a grande parcela da população mais ou menos 90% dos pacientes hipertensos e a hipertensão secundária que é uma parte menor dos pacientes, mais ou menos 5 a 10%”, diz.
De acordo com a especialista, a hipertensão começa a ficar mais frequente a partir dos 55 a 65 anos sendo que a primária é multifatorial e é uma alteração genética que na maioria das vezes não se consegue definir a ação de elementos sócios-ambientais e fatores de riscos adicionais à hipertensão que fazem com que o paciente desenvolva a doença. Os pacientes idosos têm bem mais probabilidade de se tornarem hipertensos.
A primária é a habitual, já a hipertensão secundária, é menos frequente. “A principal causa de hipertensão secundária, por exemplo, é a doença renal, mas a gente tem outras várias doenças como doenças endócrinas, hipertiroidismo, hipotiroidismo, a obesidade em grau 3, chamados super obesos. Então tudo isso faz com que o paciente fique com uma hipertensão secundária”, esclarece a médica. Ela explica que a secundária pode ter cura a depender da causa e exemplifica “alguns tipos de tumor como os neuroendócrinos que dão hipertensão a gente manda operar aquele tumor e o paciente cura”.
Como prevenir
Os pacientes com hipertensão primária têm uma história familiar de pacientes hipertensos, para diminuir fatores que atuam na genética que aumentam a probabilidade de desenvolvimento e como forma de prevenção, a especialista orienta que as pessoas devam praticar atividades físicas, a maior quantidade de dias possível, evitar a obesidade, ter uma alimentação saudável, ter dieta pobre em sódio; até duas gramas de sódio por dia; com alto teor de fibras, ricas em potássio, magnésio , não comer produtos industrializados, enlatados; evitar consumo excessivo de álcool; o tabagismo, que está associado a osteosclerose, que causa infarto, AVC, tratar doenças como o diabetes mellitus e cuidar da saúde dos rins.
Tratamento
O tratamento para a hipertensão primária é feito com uma dieta adequada, pobre em sódio e em gordura saturadas, rica em potássio e magnésio, além da manutenção de um peso ideal, fazendo atividade física. Em determinados casos dependendo do risco do paciente é iniciado o tratamento medicamentoso. “É uma doença crônica, como é da genética do paciente a gente tem que orientar o paciente que o uso do hipertensivo tem que ser sob supervisão médica, cada paciente tem sua medicação específica”, informa a especialista.
Atendimento no HC
O Hospital das Clínicas tem médicos que tratam a hipertensão sistêmica como cardiologistas, além dos médicos que fazem medicina interna, clínica médica, e nefrologistas, aptos a tratar os mais diversos tipos de hipertensão. No HC há uma demanda muito grande de pacientes cardiopatas e hipertensos e é oferecido atendimento cardiológico e exames complementares do ponto de vista cardiovascular.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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